terça-feira, 31 de outubro de 2017

INÉDITA TRADUÇÃO DE O "PEQUENO PRÍNCIPE", POR MÁRIO QUINTANA [Depois de setenta anos nas gavetas da editora]

De: Zelmar Guiotto [ZGUIOTTO]
Para : santos.mauro@yahoo.com.br
 29 de outubro de 2017

O poeta e tradutor gaúcho Mário Quintana



"Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé"

"Mon dessin ne représentait pas un chapeau. Il représentait un serpent boa qui digérait un éléphant. J'ai alors dessiné l'intérieur du serpent boa, afin que les grandes personnes puissent comprendre. Elles ont toujours besoin d'explications." 

Quintana deu nova vida às frases de Exupéry, segundo a Editora detentora da nova tradução a Melhoramentos, aproximando-se mais do verdadeiro sentimento do autor ao escrever sua preciosíssima e inesquecível obra, d leitura obrigatória a todas as gerações. 


A edição atual traduzida por Mário Quintana

Inédita há quase sete décadas, tradução de Mario Quintana para "O Pequeno Príncipe" é publicada (Dulce Helfer / Divulgação). Obra do poeta gaúcho ficou esquecida na gaveta até editora descobri-la entre outros papéis. Depois de quase sete décadas engavetada, a versão de Mario Quintana para um dos clássicos da literatura infantil universal poderá ser finalmente conhecida.

Acaba de chegar às livrarias a tradução de O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry (1900 – 1944), assinada pelo poeta gaúcho. O texto deve ter sido preparado por Quintana entre o final dos anos 1940 e início dos 1950, época em que a Gallimard, editora do volume original em francês, esteve aberta a propostas de publicadores brasileiros. 

A Melhoramentos, que contava com Quintana no seu time de tradutores, entrou no páreo, mas quem levou a melhor nas negociações foi a Agir, que lançou o sucesso editorial em 1952. Foi assim que o Brasil conheceu a tradução de Dom Marcos Barbosa. Já a de Quintana ficou inédita até agora. – A tradução de Quintana ficou guardada, esquecida.

Nos anos 1980, os editores da Melhoramentos resolveram fazer uma faxina na empresa, aí descobriram essa versão do Quintana entre outros papéis.
Mas foi preciso esperar mais 30 anos, até que a obra entrasse em domínio público, para que finalmente fosse publicada – explica o poeta Armindo Trevisan, amigo de Quintana e responsável pelo prefácio, notas de rodapé e glossário do volume.   

O clássico entrou em domínio público em 2015, no entanto a Melhoramentos segurou a publicação até agora para não competir com a avalanche de edições que chegaram ao mercado. De lá para cá, quase uma dezena de editoras passaram a trabalhar a obra, com traduções de nomes conhecidos na literatura brasileira, como Frei Betto (pela Geração Editorial) e Ferreira Gullar (Agir). 

Trevisan não gosta de comparações entre tradutores, mas afirma que o poeta gaúcho encontra soluções mais criativas para alguns trechos do livro: – Pela agilidade do fraseado, pela melodia e pela naturalidade com que o livro flui, temos a impressão de estar lendo um texto transparente, com um estilo muito parecido com o do próprio Saint-Exupéry.

 Muito conhecida na tradução de Dom Marcos, a frase "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", foi reescrita por Quintana como "És responsável, para sempre, pelo que domesticaste". Para Trevisan, trata-se de uma tradução correta, mas que deixa de lado o encantamento do verbo "domesticar",  da frase original em francês:“ Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé (domar, domesticar)”.   Frase clássica do livro ganha versão diferente na tradução do poeta gaúcho - Melhoramentos / Divulgação. 

Para muitos leitores, a faceta de tradutor de Quintana é desconhecida, mas foi a principal fonte de sustento do autor por mais de 20 anos. Entre 1934 e 1955, trabalhou para a editora Globo, traduzindo Proust, Balzac, Voltaire, Graham Greene, entre outros. – Há muitas anedotas acerca da vida de tradutor de Quintana, mas a verdade é que era um perfeccionista, dedicado ao trabalho. Falava fluentemente francês e espanhol, mas chegou a traduzir também do inglês, aprendendo a partir do dicionário. 

Tinha o gênio do poeta para dar correção e musicalidade ao que traduzia – avalia Trevisan. Três olhares Texto original:  "Mon dessin ne représentait pas un chapeau. Il représentait un serpent boa qui digérait un éléphant. J'ai alors dessiné l'intérieur du serpent boa, afin que les grandes personnes puissent comprendre. Elles ont toujours besoin d'explications." Tradução de Dom Marcos Barbosa: "Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações detalhadas."  
Tradução de Ferreira Gullar "Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia que digeria um elefante. Desenhei o interior da cobra para que os adultos pudessem compreender. Eles estão sempre querendo explicações." 
Tradução de Mario Quintana: "O meu desenho não era nenhum chapéu. Era o desenho de uma boa digerindo um elefante. Mas como os grandes não podiam compreendê-lo, eu fiz um outro desenho: desenhei o interior da boa, de modo que eles pudessem ver claramente. Os grandes sempre precisam que a gente lhes explique as coisas." __________________________________________________________

REPORTAGEM POR:  Alexandre Lucchese 29/10/2017 - 14h21minAtualizada em 29/10/2017 Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/livros/noticia/2017/10/inedita-ha-quase-sete-decadas-traducao-de-mario-quintana-para-o-pequeno-principe-e-publicada-cj9crpq9h02rq01pjw3hwpnxm.html

IPÊS FLORIDOS - Rubem Alves

Ipês floridos, Rubem Alves






















William Blake sabia disso e afirmou: 

"A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. 
Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. 
Mas uma mulher que vivia perto da minha casa 
decretou a morte de um ipê que florescia à frente 
de sua casa porque ele sujava o chão, 
dava muito trabalho para a sua vassoura. 
Seus olhos não viam a beleza. 
Só viam o lixo.
Rubem Alves

NA VERDADE...

















NA VERDADE...

[M. Martins Santos]

Na verdade é o pensamento corrente:
Quem está apto a sobreviver somente
Na Natureza, é o forte ou o inteligente,
Mas, o que mais apresenta a condição
É aquele que se adaptou ao ambiente...

Na verdade mesmo, no entanto, não se vive
Em modificação radicalizada do ecossistema,
E do problema as nações todas estão cientes...
O mais forte dos fortes trôpego vai se tornar.
Os cientistas renomados, os mais inteligentes,
Potestades, sábios, não haverá sobreviventes.

A fuligem secciona o esqueleto da última serpente,
Com o esqueleto do último pássaro na boca estará
Nos ramos tortuosos da árvore morta pela radiação
Não restará no meio natural  nenhum sobrevivente
O ar se tornará ácido, o céu cor de chumbo e cobre,
Raios atômicos cruzando -  aquele outrora céu azul.








































O nativo contempla esse céu e vê sua impotência.
Nenhum rito, xamã, amuleto e danças o irão salvar.
O rio dantes piscoso, peixes mortos envenenados,
Pelo chorume escuro de odor nauseante de usinas,
Que pelos tanques danificados  ajudaram a dizimar,
Tudo vira um mundo imundo, incapaz de se habitar.

Pensar nas crianças se torna um horrendo desgosto
A Terra dizimada povoada só por pragas. As baratas,
Resistentes à poeira nuclear; últimas aves de rapina;
Ratos e morcegos. Ao homem neste mundo oposto,
Morre sufocado, por culpa das obscuras negociatas.
Nada ficará: nem colarinho branco, jaleco ou batina...
                   

Oremos para que dos campos e montes venham
Os anseios de paz, que possam falar  à consciência,
Projeções onde a catástrofe de um Fim lhes revele:
Tempo onde reside a extensão de nossas emoções,

Para que a breve vida humana junte-se à coerência,
Para a Eterna Obra Infinita ocupar nossos corações!!

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Conclusão

Fala-se muito sobre impactos cósmicos, a mídia nos amedronta com histórias sobre meteoros maiores que a cidade de são Paulo ou Nova York, e é verdade...Mas uma causa de exponencial perigo - sem contestação por possível à nossa aniquilação total - está aqui mesmo, no nosso planeta e bem debaixo de nossos sentidos: os mega empresários, os bilionários da especulação: imobiliária, pecuária, petrolífera, extração de minérios, etc. Imediatistas, pragmáticos, gananciosos, serão nossos verdugos, a levar ao cadafalso da morte o planeta Terra. Claro, as guerras e os efeitos atômicos ajudarão bastante no Grande Fim.




sexta-feira, 27 de outubro de 2017

SEM AMOR É ESCURIDÃO



SEM AMOR É ESCURIDÃO

Um amor quando é grande o suficiente
Espera aquilo que outro não pode ver,
Ciente na espera é benigno e paciente.

Tem esperança naquilo que parece irreal
Aos olhos e sentidos das demais pessoas;
Tal amor é suficiente, consciente e real...

Na espera tudo crendo, reside seu valor.
Não nos jactemos de conquista no amor,
Por não ser obra nossa senão do Criador.

Não dizemos aos olhos não preciso de vós,
Se não os temos - sofremos na escuridão,
Com o amor assim é - ele faz parte de nós!


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domingo, 22 de outubro de 2017

NOITES FRIAS




NOITES FRIAS

Os cabelos embranqueceram,
Imitando neve das noites frias;
As ilusões nos abandonaram...
Filhos se foram indo, dia a dia.

O lar um imenso casarão virou,
Como se fora dos abandonados.
O filho caçula também se casou,
A filha com seu único namorado.

Então passei a escrever poesia,
Algo quase sempre se aproveita...
Vale para afugentar a nostalgia.

Meu forte, amigos, acredito ser:
Alinhavar ditames e pensamentos,
Só peço a Deus saúde pra escrever!

SINTO... [revisto e atualizado]

*Os créditos das imagens ilustrativas dessa peça literária, são devidos às incríveis
esculturas realistas, com inspiração renascentista, da artista plástica e escultora 
chinesa,  Luo Li Rong.
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POEMA
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SINTO...

Sou um poeta guardião de um portal, em vigília,
Não é uma miragem, nem quimeras que predito,
Eis o que sinto: num céu azul o flanar duma ave,
Aponta que tu existes de alguma forma, acredito,
De modo que subsiste em algum ponto tão suave
No âmago de minha alma o sonho vale o Infinito.

Se existires e existes, um dia há de vir e tu virás,
Ainda que  translúcida, tão etérea para ser vista
Pela magnitude da espera tua presença marcarás.
Porque há anos a venho aguardando e tu não vens...
Todo dia depositado tenho meu amor acumulado,
Todo ele a te entregar aqui e muito mais no além.

































Tenho ordens do coração para dar-te todo o meu amor,
Nada para mim, tudo para ti e que o retorno seja assim:
Não das lágrimas derramadas, mas todo euforia e calor.
Não está mais em meu controle, o querer-te e te desejar;
Tua mão segura pela minha, sentir-lhe o pulsar em mim.
Teu corpo de inegável segredo tenho desejo de abraçar.

Se um dia vieres, será como direto fosse o Sol olhar...?
Não sejas apenas a brisa das primaveras perfumadas!
Que tu sejas eterna, não como eu,  mero ser temporal,
Possas eternizar todos os momentos e horas adoradas, 
Envelheço rumo ao Zenith desconhecido e paradoxal...
Acontecimento humano só meu, eternamente a passar.

Cavalgando nuvens, tangendo estrelas, sobrevoas o mar.
Fales comigo, quero ouvir tua voz a meu espírito aplacar...
Antes que me vá, ouvir-te cantar a velha canção medieval,
Reverter o tempo, deter os anos, a realidade paralela criar
Um certo tipo de mágica viagem, um paradoxo temporal
A iludir fantasticamente desenganos, e a sangria estancar .

Não importa que me desfaleça a razão, continuo sonhando,
Revigorando a alma, porque estou no âmago renascendo.
Visão de outras forças, outros quadrantes e outros céus,
A fluir esse ir e seguir no aparente  trasladar continuando
A restaurar perdida essência de um vir no Tempo revendo
Os voláteis cabelos, raios de fogo e sol nos ventos e véus.

Não quero sonho adulto, que todo almejar é feito de pranto 
O tempo tudo desfaz, nunca refaz; disso o revés se compraz.
Quero sonho de criança: a utopia é todo o amor, no entanto
Com algo se faz um trem de latas de sardinha,  feliz e capaz,
Realidade, certeza, fantasia, tudo verdade ou de conta se faz:
Na curvatura dos milênios sem fim, a existência do encanto.

Diluir-nos-emos em átomos de luz e seguiremos na velocidade
Do esplendor que foi: pensamentos eflúvios ou remanescentes
Ao infinito. Sem a limitação do plano, para a profunda Verdade
Tempo-espaço, que balizara o que foi outrora - corpo ou mente
Neste vórtice da existência pura dos Sentidos para a Eternidade,
Desejo partir no trem de latas dos sonhos descritos entrementes!

























GRATO

ACIMA - HOMENAGENS DA COORDENAÇÃO DO PEAPAZ [ SÍLVIA MOTA - FUNDADORA E MARIA IRACI , ADMINISTRADORA] AO POEMA, "SINTO..." EM EPÍGRAFE.  MEU ABRAÇO SINCERO DE CONFRATERNIZAÇÃO LITERÁRIA.



sábado, 21 de outubro de 2017

PAGAMOS UM PREÇO ALTO PARA VIVER




PAGAMOS UM PREÇO ALTO PARA VIVER

Mauro Martins Santos*


Quando você vem para dormir após uma noite inteira de trabalho, outros seguem o fado de acordar para o labor diário.  É a sua vez de dormir, não está "de folga", está apenas aguardando para voltar a trabalhar, trabalhar para pagar impostos diretos de seu soldo e sobre todas as coisas a que basta abrir a porta...

As ruas das cidades foram todas “loteadas” por demarcações de estacionamentos feitos pelas prefeituras. Radares praticamente a cada dois postes. Agentes Fiscalizadores do Trânsito multando os veículos por todos os cantos. Vivemos em cidades sitiadas por verdadeira ânsia de arrecadação a toque de tambor. Atualmente uma simples e pequena viagem às cercanias turísticas sai bastante cara, pois os "caça-niqueis" estão nas rodovias enrustidos em postes em meio a matagal, placas encobertas pelo mato muitas vezes portanto, sem a devida sinalização antecipada de "fiscalização eletrônica" e de sobra as placas de trânsito rurais e urbanas sem critério ou mesmo ausentes.
Acresce-se a curiosa sinalização rodoviária e mesmo as de regulamentação urbana, onde o trajeto se inicia com a demarcação de 60/80 quilômetros/hora de velocidade e do nada surge outra reduzindo drasticamente a velocidade para 30/40 km por exemplo.

Placas cobertas pelo mato, mas não pelo radar


Placa elaborada pela população. Protesto contra radar escondido e sem sinalização de aviso



O que está em abandono o mato toma conta. Retrato do desleixo administrativo.




Placa 'invisível'


Radar escondido, contra a lei explicita no CTB


Isso é fantástico porque a conformação topográfica do terreno (montanhoso por exemplo) sendo idêntica, ao menos houvesse um aglomerado de moradias, uma escola, etc. Mas quem viaja para as estâncias turísticas, climáticas e circuito de águas, sabe do que estou falando. É evidente a falta de pudor dos prefeitos  e do governo estadual por meio de seu secretariado de viação (vias e rodovias) e transportes; em "rifar" as placas de velocidades pela metade ou menos da velocidade exercida em relação a anterior, em quilometragem incompatível com a possível redução da velocidade que se vinha exercendo. As pérolas mais  interessantes eles reservam para a zona rural e periferias de suas cidades. Um erário altamente lucrativo por ter uma única entrada e raramente uma afunilada saída curiosamente em vésperas de eleição. Retorno efetivo para a educação do trânsito e melhorias viárias ditas pelo Código de Trânsito são "mangas de colete". Mas para colocação de radares, pró-labores e incentivos às multas gastam-se um caraminguás bem marcados e contados.

Isto tudo sem falar nos pedágios e seus constantes ajustes de preço.Um prefeito de uma certa cidade do interior de São Paulo - foi noticiado - colocou um pedágio na estrada de chão batido - de terra, de acesso à sua cidade. Tal absurdo caindo em noticiário, matou de vergonha os que tinham a mínima noção do ridículo lá na cidadezinha e o Senhor Prefeito teve que retirar (a contra-gosto claro) o seu pedágio-de-estrada-de-terra...!!

É por essa causa que os governos nos três níveis, não estão nem aí... não dão a mínima atenção pelos problemas de falta de estacionamentos (resolvem com o "loteamento das ruas" pelos estacionamentos pagos terceirizados - outra mina, caça niqueis perpétua, igual à indústria de multas. Há contínuo incentivo para o aumento de automóveis nas ruas e estradas, o volume de automotores é geométrica e o crescimento urbano e das ruas é aritmético. O volume de carros cresce, mas não temos notícia que rua se alargam ou crescem sozinhas. Os prefeitos se arrepiam em pensar alargar ruas onde há desapropriações, "dá um trabalhão danado". Então não mexem por má vontade política e incompetência de gestão somado ao medo e à preguiça funcional. Preferem, agora parece com maior cautela, abrir avenidas em terras municipais dividindo propinas com empreiteiras. Em todas as cidades do Brasil, até em arraiais existem dessas mutretas.


Violência, assaltos, assassinatos e estupros

Você pede aos céus para que hoje não seja assaltado por menores de 17 anos e faltando um mês para fazerem 18 anos; armados com revólveres nos sinais vermelhos ou redutores de velocidade. São inimputáveis. 

Entre tais "menores de idade" existem aqueles que não foram registrados, ou se registrados o foram por informação de alguém, parente ou não, e até eles próprios. Menores de idade brasileiros têm a idade que eles querem ou pensam que tem ou registrados bem a posteriori, erradamente. Tais "menores" - trabalhei no inicio de carreira no antigo Instituto de Menores, que realmente prendiam e não saiam fácil - (hoje o termo politicamente correto é apreender)  levados às delegacias, saem ilesos, primeiro que você mesmo a vítima e rindo na tua cara por serem menores de idade - e nem eles mesmos sabem quantos anos tem de fato - mas alegam ser menores... e o sendo, coitados daqueles que lhes põem algemas ou os conduzirem na "gaiola" do carro-de-presos. Mais rápido que um cometa, estarão representantes dos direitos humanos, do Estatuto da Criança e do Adolescente, advogados militantes de causas sociais, prontos para pedir indiciamento dos policiais que os apreenderam. Não importa que tenham cidadãos ou policiais mortos ou feridos, durante a coibição ao roubo, latrocínio, estupros, flagrantes ou após o fato. Não importa se houve recepção a tiros contra os policiais ou desacato ou resistência à prisão. Vale também para uma grande parte de marginais que quando chegam já estão de plantão seus advogados.
Falo disso também com tranquilidade porque sou também formado em Direito e Ciências Jurídicas e Sociais especializado em Direito de trânsito.

Esta é a razão disto não ser fruto de reportagem é de cadeira, visto por quem participou trinta e dois anos ao vivo e em cores reais estes fatos concretos, em diversas regiões e índices e incidências de todo gênero de crimes.

Todos eles saem rapidinho da delegacia com seus protetores e defensores, e os delinquentes prometendo ("jurando") lhe matar por você ser culpado deles terem ido parar na delegacia. 

Saindo de lá você já pede proteção aos anjos, com os vidros do carro fechados. Mas o que você pode fazer contra armas de fogo? Algumas pessoas sangrando na delegacia tiveram menor sorte que você, mas ainda agradecem terem saídos vivos...até quando!?

Mas por pouco tempo você vai tentar dormir em sua casa que pensa ser sua, mas durante a vida pagará impostos por ocupar o solo do município - durante esse tempo pagará ao poder público mais do que pagou por sua casinha financiada. Depois vêm água e luz superfaturadas. Taxa de esgoto, de guia, de asfalto, de calçada. Sem falar em todos os impostos outros, desde uma latinha de massa de tomates até seu plano de saúde para viver mais um pouco - se os assaltos e invasão por bandidos à sua casa, ou emprego ou estando em um banco durante o assalto, permitirem essa graça e benção, que é continuar vivo, nos dias atuais.


A secretaria Marina e seu  velho fusca

Sobre seu carro, aquele que envelheceu contigo, pode deixar de pagar  IPVA  se ele tiver de 20 para mais anos, mas não faltarão impostos embutidos no combustível, da menor à maior peça, nos pneus, multas é claro que não vê idade, em mais manutenção para não ser retido em vistorias em tudo enfim  no que os órgãos estaduais e federais de trânsito acham por bem fixar.

Um automóvel "é uma galinha dos ovos de ouro" desde a retirada da agência - onde você paga os impostos sobre o carro e os embutidos da agência revendedora. Pagará ao governo, imposto sobre a chapa da carroceria, sobre a tinta, sobre vidros do faróis e em geral, sobre os pneus, enfim todas as peças [por isso a fábrica leva o nome de montadora]. 

Também frente à galinha dos ovos de ouro, desativaram tudo o que eram ferrovias de passageiros, que serviam de modo barato aos menos favorecidos por poderem ser composição mista (carga e passageiros) e com isso enricava menos os políticos, pela durabilidade de uma ferrovia, e a compleição estrutural dos trens; rodas que duram anos e anos, não há pedágios, nem asfalto feito por empreiteiras, aonde se vai ao piso rodoviário composição de petróleo, etc.  e um trem vale por uma pequena frota de caminhões - e podem ser a diesel ou elétricos e uma só máquina (eventualmente duas) puxam tudo.

Você sai dirigindo da agência após pagar tudo de tudo, até a gasolina que puseram para você chegar ao primeiro posto e abastecer o tanque. Ali pagará um imposto muito alto sobre o combustível. Mas, antes de chegar ao posto de combustíveis, você passou a 47 km/ hora, em um local que antes tinha sido fixado a 60 km/hora - a prefeitura precisa de dinheiro e o trânsito é um verdadeiro “caça-níquel” e uma indústria de multas. Agora é 40 km/hora, por que o prefeito quis, o "ponto é bom" é rendoso.. Eterna velhacaria dos poderes públicos.

Você já está multado por excesso de velocidade. Abastece seu veículo. A empresa em que trabalha fica no Distrito Industrial à margem da rodovia. Pagará o pedágio - um dos quatro instalados na mesma Rodovia-SP num trajeto de 76 km. Muito usada por turistas e viajantes em fins de semana, feriadões prolongados, em demanda a localidades de Minas Gerais.

A garota com muito humor nos ajuda no recado de que 
os maiores responsáveis pela miserável situação "enganosa" mesmo, em que se encontra 
o país são os políticos, os que saíram ao produzirem a pior fase em que o Brasil conheceu, 
a maior corrupção (passiva e ativa) do mundo atual e os que estão no poder, ocupavam o mesmo barco que foi a pique, mas os ratos saíram nadando.


As cidades multam e arrecadam de você até mais que as estradas, pelo fato de que nas rodovias a viajem de lazer é em finais de semana e feriados. Na cidade é diariamente. Há cidades inclusas em rotas de turismo que chegam ao cúmulo de fixar a 20 km/hora em suas ruas. E as cidades que nada oferecem aos seus munícipes vêm procurando imitar. Cresce geometricamente o número de veículos nas ruas (alegria dos prefeitos e governadores) e aritmeticamente melhorias das vias, construção de avenidas e escoamento do trânsito, pelos motivos já revelados. 

A sinalização vem contra motoristas e a favor das secretarias das vias urbanas, e de resto as estaduais - nas cidades do interior os responsáveis pelo trânsito não têm experiência nenhuma de trânsito, são às vezes um comerciante, um ex-vereador, alguém que se alvora conhecer trânsito. No máximo, dentre todos, um engenheiro civil desde que seja ele e os antes citados - "amigos do rei"  

Por isso há tantos insones, muitos depressivos, outro tanto de agressivos, e até engrossando a estatística os que desenvolvem manias. Também é o trânsito a maior causa de morte só abaixo das doenças cardíacas

A maioria dos males e impostos tem, sobretudo origem no trânsito que regula os bens e serviços. De propósito os alcaides instalam tantos radares com o escopo de tomar de modo fácil o dinheiro de seus munícipes, mas com a desculpa de coibir excessos de velocidade. Claro que quem paga o pato são os cidadãos corretos e responsáveis, os inconsequentes, com radar ou sem radar vão continuar a praticar excessos de velocidade, sobretudo quando drogados e embriagados. Para eles não vale sinal e sim lei mais rigorosa a partir do simples inquérito policial. Fortalecer-se o Ministério Público em geral, mas não se esquecendo das Primeiras Instâncias, onde nós do interior já estamos vivendo também o “Inferno de Dante.”

Por outro cenário da vida, a insônia e um grande descontentamento toma conta de você, quando pensa em suas contas a pagar e receber seu salário praticamente pela metade, reduzido pelos impostos compulsórios em folha, a carga exagerada de tributos: sejam municipais, estaduais e federais, que cobram e não contrapõem os serviços essenciais e básicos à vida dos cidadãos. 

Aí você ainda tem um sobressalto, se esqueceu de pagar - o plano funerário de cemitério particular - no banco, que cobra uma taxa  alta  em juros de mora.

Sim, até para morrer e ser enterrado de forma indigna no cemitério municipal,  ao pobre e aos que ficaram pobres, o preço é fica sendo caro. Claro, tem muita gente que não tem dinheiro para enterrar seus mortos. Esses vão para a cova comum para pagar menos. Aquelas covas que em pouco tempo retiram a ossada, e deixam em sacos de lixo preto, até a família decidir se vai pagar o nicho do paredão vertical, ou os ossos vão para o poço do ossuário, jogados na mistura de centenas de outros restos de esqueleto anônimos. 

Triste fim dos que labutam e pagam seus impostos a vida inteira, num país desordenado, sem rumo, sem perspectivas de melhora antes de 2028 para os mais otimistas, cujo estrago foi produzido em 12 anos no Brasil, na maior corrupção de sua História e que não tem notícia de similar instalada em qualquer outra nação 
do mundo - pela complexidade dos delitos e o imenso número de corrompidos e corruptores em um sem fim de instituições públicas e privadas.
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Cap.Vet PMESP, Bel em Direito especializado em Direito de Trânsito
Membro da Abetran [Associação do Educadores de Trânsito - Brasília]
Ex-professor de Legislação de Trânsito e matérias correlatas do SENAC
e PMSP; Administrador deste Blog e articulista de assuntos do Trânsito 
em Jornais da Região

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Este administrador e coordenador  pretende em um segundo momento prosseguir neste importante assunto. Para tanto, registro uns 
dados e números apavorantes  do Brasil, constantes do texto de 
Antônio Penteado Mendonça conforme excerto abaixo:

As informações e opiniões formadas neste blog são de responsabilidade única do autor.

O TRÂNSITO NO BRASIL MATA MAIS DO QUE AS GUERRAS AO REDOR DO MUNDO

Entre 50 e 60 mil brasileiros perdem a vida todos os anos em acidentes de trânsito nas ruas e estradas nacionais. O número é apavorante e o grande culpado é o governoem seus 3 níveis; que, diretamente, não cuida da malha de ruas e estradas, permite a corrupção nos órgãos encarregados de habilitar os motoristas, constrói mal, planeja pior ainda, e, para completar, acaba de reduzir o preço do seguro obrigatório em vez de aumentar a indenização.

UMA TRAGÉDIA CHAMADA TRÂNSITO


O trânsito mata no Brasil entre 50 e 60 mil pessoas por ano. Além disso, deixa permanentemente inválidas outras 630 mil. Qual o custo destes números aterradores? Apenas o seguro DPVAT (seguro obrigatório de veículos automotores terrestres) pagou em 2015 mais de 3 bilhões e 300 milhões de reais em indenizações.