domingo, 25 de dezembro de 2016

PRETENSO DIÁLOGO COM FERNANDO PESSOA - EM POESIAS


Última foto tirada de Fernando Pessoa
Blog Opinião Central


Mauro Martins Santos



PRETENSO DIÁLOGO COM FERNANDO PESSOA
EM POESIAS


Sim, sei bem

Fernando Pessoa 

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser
.

                
             **********


Sim, também sei

Mauro Martins Santos

Sim, mestre Pessoa
Também sei e não é à toa
Que não sou um alguém.
No Brasil para editar uma obra
Mesmo nalgum confim,
Morreremos à míngua
A pagar uma edição chinfrim.
Muito embora,
Enquanto são duras as horas,
Esta ilusão, talvez esperança,
Que haja uma mudança,
Vou sonhar acordado
Em ter um livro editado.


AOS LEITORES DESTE BLOG



Aos leitores deste Blog

Um feliz natal para todos e que em 2017
não nos faltem energia e confiança mútua!
Obrigado a todos que ajudam a incentivar
e divulgar o blog com suas leituras e visitas.
Obrigado também pelos comentários, e pontuação de presenças.
Grande abraço,

Mauro Martins Santos
Um amigo em um ponto do planeta
Buscando o melhor em divulgar a literatura
E as artes em geral - para cultura e entretenimento.

Muito obrigado

Thank you very much

sábado, 24 de dezembro de 2016

A MENINA E O VENDEDOR DE PINHÕES





A MENINA E O VENDEDOR DE PINHÕES.

A noite havia chegado depressa, naquela pequena vila do Sul; era véspera de Natal; soprava um vento gelado vindo da Antártida e dos Andes, chamavam-no de Minuano, uivava como fossem lobos guarás nos profundos bosques de araucárias e havia folhas secas e acículas espalhadas no chão.

Aquele pobre vendedor de pinhões de  nome Pedro, tinha passado o dia inteiro vendendo  pinhões cosidos umas poucas pinhas e algumas lembrancinhas da região.
Mas dava Graças ao Patrão dos Céus, como na entonação de seu forte sotaque demonstrava todo seu respeito e obediência a Deus, pois não voltava para casa trazendo nenhum pinhão e nenhuma pinha, inclusive nós de pinho, usados para fazer fogo de chão, e aquentar lareiras.

Na verdade, só tinha sobrado um saquinho dos pinhões cozidos que insistiu em vender, para orgulhosamente voltar para casa e dizer aos seus dois filhinhos, uma menina e um gurizinho e à sua bondosa esposa, que vendera tudo e dar a ela o resultado de seu dia de trabalho. Era um dos saquinhos maiores, pois trabalhava com dois tipos, um era menor e mais barato. Pensava ele: se aparecer um freguês, como de costume, a pessoa  aguardava;  a água  estando fervente ainda,  colocava  os pinhões na água, mais um pouquinho de sal e o comprador os tinha  quentes, como feitos na hora.

Mas a única rua, que era ao mesmo tempo avenida, rua principal, estrada de rodagem e atravessava de lado a lado o vilarejo já estava deserto, um ou outro carro de turistas passava apressado, poucas pessoas passavam ligeiras, se esfregando para aquecer braços e mãos, sem prestar atenção aos seus brados de vendedor.

É o ultimo! Dizia ele já muito cansado – “o último saquinho de pinhões duplo pelo preço de um!” Ninguém quer comprá-lo?

Como ninguém parava,  ele  começou a desmontar  a barraca acoplada no velho carro, que o levaria de volta ao Recanto dos Pinhais, uma pequena gleba de terra coberta por um bosque de belas e majestosas araucárias. Morava ele em uma casa de madeira. O frio era intenso, por isso lhe dava vontade de correr para  dentro de casa, ficar junto da lareira abraçado à família.

Mas ocupado em desmontar a barraca, ao enrolar a lona, para guardá-la no porta-malas, só então, Pedro percebeu a figura pequenina e trêmula de uma menina – teria uns seis anos, franzina tremendo de frio sem qualquer abrigo, apenas o vestidinho de chita. Mas estava quieta, sem chorar, sem nada pedir; calada, parada, olhando-o fixamente com seus olhos grandes e azuis, brilhando na iluminação da rua.

Olhava para o saquinho recheado de pinhões e engolia em seco a coitadinha!

Sem atinar outra coisa, imaginou uma criança, já ao anoitecer, ainda na rua e disse mansamente: Vá para a sua casa menina! - disse-lhe Pedro.  Vá para casa, aquecer-se um pouco, não carece de ficar nesse frio! Até eu já deixo o trabalho e vou-me embora para casa também.

A menina não respondia.  Pedro então notou seu rosto magro, só se viam os olhos azuis e fixos, enormes; ela não escutava o que o vendedor de pinhões falava...

O vendedor  então condoído do pequeno vulto, pensando em seus filhos resolve perguntar : - Onde estão seus pais ? 
- Eles morreram, disse a menininha num fio de voz. Não tenho mais ninguém, só este cachorrinho que dorme comigo na rua!
Aonde? - Lá, apontando uma velha capela de madeira.

O vendedor era totalmente pobre, só tinha aquele bosque de araucária que lhe dava o sustento e lhe deu sua casinha de madeira; mas o brilho dos olhos enormes daquela menina o emocionou às lágrimas; e de repente, levado por algo estranho, sem atinar, seu braço se moveu e estendeu o saquinho de pinhões cozidos para a criança.

Ela o pegou, correu para Pedro e o abraçou, murmurou um: - obrigada!! - e se foi, desaparecendo no interior da corroída capela.

Naquele mesmo instante,  uma estrela de um brilho excepcional que Pedro jamais vira na vida iniciou a riscar o céu; brilhou mais intensamente, cruzou  o cetim escuro do céu cravejado de brilhantes – e desapareceu  enfim, no longínquo horizonte recortado pelas montanhas .

Pedro desprendido do mundo e de si mesmo, percorreu o infinito seguindo com os olhos o esplendor daquele cintilante trajeto... 

E soube sem explicação, da mesma forma enigmática do mover de seu braço e mãos ofertando os pinhões à criança... Lá no fundo do seu coração, que esse sinal foi o tracejado e sublime agradecimento de uma mãe.

*

Hoje passados anos e anos, Pedro e Eudóxia, tem três filhos, dois são casados  moram em uma cidade grande, a do meio permaneceu no Recanto dos Pinhais... Cuidando do casal de velhos, seus pais adotivos.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

VIOLINO-POESIA E RABECA-POEMA







VIOLINO-POESIA E RABECA-POEMA


Um poema é aquela poesia que queria que fosse uma rosa para lhe ofertar.
Escolhi a nossa cor predileta - a amarela - das pétalas mais aveludadas que pude conceber; mas meu poema não é uma rosa. Tentará ser sempre um lírio, dos mais belos do jardim. Mas sei que você adora os lírios também...

Assim fiquei pensando, em não “tocar” poesia, por não sabê-las dedilhar, não acertar sua afinação... Com isto, veio-me à lembrança uma frustração dos tempos da adolescência. Por mais de três anos tentei ser um violinista, onde o meu violino era a minha grande poesia. Mas não consegui dominá-lo. Ele também me recusou de todos os modos. Não nos demos bem. Parecia que ele me dizia; "Vá para os teclados", e eu até quase que ouvia essa voz!

O “Príncipe dos Instrumentos”, sem o qual não existe sinfonia que evoque a beleza e a magia que só ele produz - não me aceitou como amigo fiel.

Todos os instrumentos são importantes, mas ele é inigualável.
Sou um violinista frustrado. Mas francamente o que são três anos e tanto, frente aos doze anos para seu aprendizado? Além das especializações experimentos e técnicas das muitas possibilidades instrumentais, conhecer seus irmãos de nova geração: os elétricos de cinco cordas, não só as quatro fundamentais, mi, lá, ré e sol. E os estudos diários, seis “poucas horas”, para sempre, enquanto existir o embate dominante e dominado - sem saber-se quem está em qual lado.

Meu querido violino de madeira vermelha, modelo antigo, comprado de “Seo” Expedito, que ele próprio de idade muito avançada, gostava de se autodenominar de “Nego Véio” e eu de “Fio Maninguera” (ü) - que até hoje não sei o que seja o tal adjetivo. Mas devia ser coisa boa, pelo carinho com que “Seo” Expedito falava...


Não resistindo mais ver seu corpo sem alma, depositado em sua “caixa-ataúde” o doei a um aluno carente, lamentando profundamente sua despedida, seu adeus; não a minha atitude.

Foi embora com ele, boa parte da poesia que existia em mim. A música é a roupa de gala de todas as poesias. Ficou um vazio que precisava ser preenchido, como viver a vida sem um amor ao menos parecido? Vão-se as paixões ficam as ilusões. Sonhos sonhados e não realizados. Desejos e amores não almejados.

Estudando as histórias infantis mais a fundo, perscrutá-las com olhos e sentimentos aguçados, veremos que inúmeras têm um grande poder formativo e indutivo latente - psicodidático: quanto mais for o vetor de sua emissão e nossa captação em ver nele o “ensinando a aprender”.

A história, “O pobre menino violinista”, tocando nas esquinas de um tempo barroco, para ganhar umas moedas e levá-las para casa ajudar a sua mãezinha... Foi (hoje analisando pela psicodidática), uma história que mamãe me contava, como recurso comovente de convencimento a deixá-la pelo seu gosto, a matricular-me no Conservatório Musical; trocando o futebol do “Campinho da Enxada” e a natação no “Tancão” - represamento de um riacho - pelas três “infindáveis” horas de violino diárias - eventualmente não aos domingos e “dias santos”. Mais ainda, as lições trazidas para casa.

Depois, tomei gosto. Até ia ter aulas de reforço com o maestro Vicente Muniz que regia sua orquestra homônima.

Por que esta crônica inclui a história de um violino? Porque não produzo poesias da mesma maneira que não faço música. Sou um teórico, um músico frustrado, como se pela minha vida tivesse passado um grande amor não correspondido.

Para acalmar a frustração fui à Iguape. Lá se fazem legítimas rabecas – de forma artesanal. As mesmas usadas nas Festas do Divino (Espírito Santo), padroeiro da cidade. Encantei-me por elas.

Comprei minha rabeca-poema. Ela não é tocada do mesmo jeito, nem possui o mesmo som agudo do violino-poesia. Toca-se apoiada ao peito. Seu som fanhoso mais parece um lamento tristonho saído do fundo da alma. Alma que não necessariamente sofre por amor ou dor, apenas vive por uma fé, no dançar e cantar desse povo simples, caiçaras, autodidatas que elevam aos céus seu canto-poema.

Se, Cecília Meirelles disse: “Não sou alegre nem sou triste: sou poeta”.Digo: - Não toco violino-poesia, tento tocar poema-rabeca!

FRASES E PENSAMENTOS

































FRASES E PENSAMENTOS

​​​​​​​Um político que permanece até a extrema velhice junto ao poder tem por causa sua fortuna e da família ser tão imensa, que de outra forma,
seria impossível administrá-la.

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Meditemos um pouco nos políticos de nosso país e a endemia em que se encontra pela letal corrupção. Quando se fala que a corrupção deve ser enquadrada em crime hediondo, tem como ponto de vista a morte de milhares de crianças e idosos principalmente (órgãos dos primeiros frágeis, em formação, e desgastados e débeis dos segundos). A corrupção comete o crime de genocídio - por ação que gera em cascata a omissão. Ou seja, o dinheiro do tripé que sustenta uma nação: Educação, Saúde e Segurança, vão para os bolsos dos políticos corruptos.
Mas não são as empreiteiras que pagam propinas?  
E quem paga as empreiteiras a ponto de ser uma nação dentro de outra nação? 
O  dinheiro do povo, em forma de tributos à União. 
Aqui se configura o crime hediondo. 
Obrigam ao enforcado a comprar a corda e entregar ao carrasco para ser enforcado. 
Se uma mínima parte dos bilhões, trilhões pagos pelas empreiteiras aos corruptos, viesse para o povo que tributa, a cruz seria bem mais leve socialmente falando.

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A Fé em Deus é diversa como a Natureza,
Muitas cores, e das flores muita beleza...
E nenhuma descura de sua majestosa realeza!

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A profecia é uma das vozes do gênio que mora dentro da sabedoria.

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Deus não suprime de uns em detrimento de outros.
São os homens que roubam de seu próximo para amontoarem - por terem muito - como supérfluo em seus grandes celeiros.

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Por mais paradoxo que possa ser,
a morte é nutriente da vida,
Pois vivemos de forma a não morrer,
E a morte só existe em razão do viver.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

AMOR EM PLENITUDE

AMOR EM PLENITUDE


  Assim eu entendo o amor em plenitude! 
Ele faz com que a felicidade de um seja refletida 
nos olhos do outro; ensina a trocar confidências; 
dividir preocupações, sonhos e alegrias; 
mostra que é possível superar juntos, 
dificuldades, erros e limitações... e faz entender que, 
como seres humanos, somos imperfeitos e 
erramos, e magoamos, muitas vezes, a quem 
mais queremos bem!

       Acredito que Amar em plenitude, 
é sim, ter a humildade e a grandeza de pedir perdão 
e que é possível sempre sermos pessoas melhores.

        É verdade que um amor assim, infelizmente 
é incomum. 
É difícil de ser concretizado, porque, 
na maioria das vezes, os dois 
não olham na mesma direção... 
Entretanto, não é impossível, não é utopia! 
Quando vi, na igreja, um casal celebrando 
os seus 63 anos de casamento, fiquei emocionado 
ao vê-los renovarem os votos que fizeram 
diante de Deus há 63 anos! 
Lá estavam celebrando com eles, quatro gerações 
de uma linda família que construíram.

        Ora nesses 63 anos... Uma vida!... Com certeza 
houve momentos difíceis, em que teriam precisado
 mútua compreensão, respeito, tolerância, renúncias, 
desapego do “Eu”.Tudo isso somado = amor!

       Graças a Deus, há muitos outros exemplos 
assim, de pessoas que se escolhem para formar 
uma família e optam por ser felizes... Porém, ser feliz 
não significa ausência de cruz, mas esta se torna leve, 
quando ambos olham na mesma direção, 
buscando a luz do Amor Maior.

       Quando o essencial é esquecido, 
o amor enfraquece; e aos poucos vai sendo sufocado, 
e finalmente, substituído pelo egoísmo, 
pelo sentimento de posse, pela intolerância...

      Quando o essencial é esquecido, o amor é facilmente 
confundido com a paixão, que é cega e avassaladora 
como uma tempestade, mas vai embora, 
deixando rastros de destruição. 
O amor é como o sol, que volta a brilhar mais forte, 
depois que passam as nuvens escuras; 
é como o orvalho das manhãs, que se renova a cada dia,
 umedecendo a terra, para que as flores não percam 
a sua beleza; nem os frutos, o seu sabor.

       O amor, na sua plenitude, não é sentimento; é doação, 
porque nos foi doado por Deus.

      *Embora eu haja discorrido especificamente sobre 
aqueles que se escolhem para formar uma família, 
creio que este amor em plenitude, nos foi 
“doado” por Deus, para que sejamos capazes de ver 
os nossos semelhantes, assim como Ele os vê!

Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, 
e todas as demais coisas, vos serão acrescentadas! 




Lc. 12,31

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Fonte: Academia de Letras do Vale dos Sinos
Rio Grande do Sul -BR

SAUDADE DE TI EU TENHO
























SAUDADE DE TI EU TENHO

Tenho de ti saudade dorida,
Por nunca mais te encontrar;
No meu coração aberta a ferida,
Que somente tu podias fechar.

Tenho de ti a restar saudade,
Saudade de ti a restar eu tenho,
Apesar de tua cruel veleidade
Só para ver-te de longe venho.

Passaram os anos sem voltares,
Onde o nosso amor nasceu...
Voltes um dia, só a saberes,
Se quem te amou não morreu!

Quando de mim tu foste embora,
Parecendo mesmo que fora ontem,
Só de ti, o perfume permaneceu.

Tudo ficou assim... Sem emoção!
Dos velhos caminhos fiz uma ponte
De sonho de amor, mas sem paixão!  




PHOTO IN NATURA














 









 







[ESTA PUBLICAÇÃO ESTÁ SENDO FEITA POR SER CONSONANTE COMO O BLOG À SOMBRA DAS ARAUCÁRIAS - UMA FORMA DE PRESERVACIONISMO À ESPÉCIE ANIMAL - QUEM FOTOGRAFA NÃO MATA NEM TRAFICA; E, A MATÉRIACONSTA DA LISTA DE LEITURA DESTE BLOG]


Sexta-feira, dezembro 16, 2016

Workshop Fotográfico no Pantanal
Brasil| Junho 2017



A Photo in Natura começou a divulgar hoje seu primeiro Workshop de Fotografia de Natureza agendado para 2017. A atividade acontece de 14 a 18 de junho de 2017, aproveitando o feriado nacional de Corpus Christi.

Desenvolvido especialmente para aqueles que buscam uma grande experiência fotográfica no Pantanal, o workshop ocorrerá em um período de transição entre as estações da cheia e da seca, oferecendo a possibilidade de vivenciar um pouco de tudo o que a região oferece ao longo do ano.

O grupo será composto por no máximo 10 participantes, sempre acompanhados de um fotógrafo-instrutor, um assistente fotográfico e guias locais experientes em buscar as melhores oportunidades de encontros com as belezas pantaneiras.

As atividades práticas em campo serão realizadas nos melhores períodos do dia para encontrar os animais e aproveitar a melhor luz para fotografar paisagens. Nas horas mais quentes do dia, quando o Pantanal fica silencioso, aproveitaremos para desenvolver as atividades teóricas com todo o conforto, em uma sala com ar-condicionado e estrutura para apresentações audiovisuais.

Para inscrições e maiores informações, entre em contato através dos canais disponibilizados no cartaz acima ou entre na página do evento no Facebook. Confiram.

O HOMEM DE UM LIVRO SÓ








O HOMEM DE UM LIVRO SÓ 
 Prever para poder prover



Quem busca regeneração e mudanças em sua vida moral, física ou espiritual, vai ter que "jogar lastros ao mar", como no jargão dos marinheiros lá em seu navio. Para o barco não adernar têm que lançar todo o supérfluo às águas. Se não forem suficientes para a embarcação deixar de fazer água, passam a atirar mais "lastros" até os preciosos; se for o caso "o baú do tesouro" - mais vale a vida. Assim o ser humano, para não adernar seu barco, deve lançar ao mar tormentoso da vida seus lastros supérfluos: ideias ultrapassadas, dogmas e doutrinas ferrenhas - que deve saber serem na maioria das vezes - um separador de águas que afastam os amigos e até parentes próximos. Se não quer desfazer delas, não as martele como uma araponga: as vencidas ilusões que não condizem mais ao tempo atual, ou ao local onde se encontra, ou com quem se encontra.
Devemos nunca nos esquecer de que cada pessoa é única, tanto que mesmo em gêmeos univitelinos as impressões digitais não são iguais. Ninguém no universo tem uma impressão digital igual a outra. É uma marca indelével, imutável e eterna da diferenciação dos homens. Portanto não tentar enfiar goela abaixo suas convicções a outro. Discorde, tenha a sua visão de fatos ou métodos, de dogma ou doutrinas. Mas entre seus iguais... Que é debate aceito e livre. Por isso há as congregações, confrarias, associações etc. para debates a um tema em comum. Mesmo assim, são necessárias votações, plenárias, convocação geral, conselho deliberativo, e os que perdem aceitam a soberania do livre pensamento e a hierarquia vigente.
A irredutibilidade é não aconselhável, tanto antes como após atirarem-se os lastros ao mar - ou seja, pretensão de ser nova pessoa - ou sendo uma nova pessoa impor-se aos demais. A humanidade jamais terá unanimidade e consonância de opiniões. Sugestões não são imposições.
Se não estudas, equivale a dizer: se não lês; "é o homem de um livro só" como dizia Agostinho de Hipona e alertava: "Cuidado com o homem de um livro só"... Não aquele que escreveu um só livro, mas aquele que leu um só.  O homem que leu as famosas cartilhas doutrinárias, que lhe bastam para tudo, como o famoso "Manual do Escoteiro" dos sobrinhos do Pato Donald, ou o "Cinto de Utilidades" do Batman, que têm tudo para toda e qualquer solução e emergências, desde descaroçar uma azeitona a construir uma espaçonave, a pescar com as mãos e "eliminar" portadores de ideias contrárias... Enfim, geniais analfabetos sociais.
Consequentemente, quem não lê conforme dito, nada escreve fora de seu projeto; e de resto, para alguém melhorar e acrescentar algo à vida. São pessoas do tamanho da circunferência de suas barrigas, não do cabedal das ideias.
Quem não lê não conhece - se não conhece nada constrói. Princípio básico para Ser, para depois Ter. Prever para poder prover.

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o0o0o



Poá - RS, terça-feira, 13DEZ2016
De Maria Iraci Leal
Para: Mauro Martins Santos


Um texto magnífico, para ler e reler. 
Encantada, estimado amigo poeta Mauro,

bjs MIL

domingo, 11 de dezembro de 2016

ESPÍRITO DO NATAL





Espírito do Natal 


Os sininhos de Natal


Como são alegres
São alegres,
Os sininhos de Natal,
Que vão retinindo, 
retinindo,
Neste dia belo 
sem igual...



Sinos que exorcismam

O momento em que o demônio se enfurece,

E finalmente se enfraquece,
É quando na aldeia quase amanhece,
E o primeiro toque do aldeão-vigia do dia acontece!
O céu ainda de estrelas incandesce,
A Data Magna se enobrece.
O bimbalhar do primeiro toque da noite que fenece
Chega o Natal que a todos enaltece


A mão do Mestre sobre a fronte nos enaltece,

Manancial de água viva que nunca nos cesse

Nada nos falte como os lírios do campo 
sempre crescem;
E as aves do céu,
não plantam, não colhem, e se
abastecem
É o Pai, o Filho e o Espírito Santo Eternos
em nóspermanecem


A ira do inimigo pela vinda do Messias


O demônio, se enraivece, 
porque Deus ao mandar 
seu Filho do Coração,

Em nascimento humano,
presenteou todos os homens
 com a salvação.
Filhos de Eva e Adão,
por traição de Caim
matando Abel
seu próprio irmão!
Simbolizando a nossa
desobediência


Mais o pecado de Caim, 
caímos em perdição.

Perdemos o Jardim do Éden,
 pecando contra o

Senhor do Bem e da Criação.
O demônio reinava absoluto
sem dar-nos trégua,
Por capitulação,
O acontecimento,
livra por Jesus, os filhos de Adão,
da eterna maldição.

Cantemos o Natal jubilosamente,

Saiamos de nosso pesadelo 
eternamente,

Bendigamos a salvação,
Com todos os filhos
de Eva, e Adão!



Lendas e Sortilégios perdem o poder


No Limousin (Região interiorana da França, dividida em três departamentos - onde ainda existem resquícios de dialetos), percorrendo os campos onde se criam gados de corte tipo exportação, e suas velhas aldeias, com ruas tortuosas e casas de telhado de ardósia - sua característica.

No Limousin, encontra-se a crença (a população é uma das mais idosas da França, com sinais de declínio) talvez isso mantenha a lenda de que os malefícios, os sortilégios e todas as obras do espírito do mal perdem seu poder na noite de Natal; e que é permitido chegar até os tesouros mais escondidos, pois a vigilância dos “monstros”, ou dos seres preternaturais que os guardam, se anulam ou seu poder fica em suspenso.



Uma lenda shakespeariana

(Alegada a escritos de Shakespeare)


Dizem que, em toda época 
em que é celebrado o Natal,
(a perder-se no tempo), 
durante o transcurso do nascimento 
de Jesus nosso Salvador, 
o pássaro que precede a aurora
canta durante todo o transcorrer da noite; 
e então, nenhum espírito mau se atreve 
a rondar pelo espaço; 
as noites não têm malefícios, 
os planetas se comportam 
sem exercer forças adversas, 
os encantamentos 
não conseguem fazer ofensas, 
nenhuma feiticeira consegue fazer mal: 
de tão abençoado 
e sagrado é esse tempo de Paz 
e Renascimento !




F E L I Z   N A T A L 

COM O PRÍNCIPE DA LUZ E DA PAZ
ÚNICA E SUFICIENTE VERDADE
QUE CONDUZ À SALVAÇÃO DAS ALMAS
AO PARAÍSO DA ETERNIDADE.












NATAL É RENASCER TODO DIA





NATAL É RENASCER TODO DIA

Se os homens entendessem,
Em cada entardecer
O significado compreendessem,
De cada pôr do sol a outro amanhecer
O ideário que reveste os dias,
Cada vez que você ora é Natal...!
Pois faz Jesus o Messias nascer;
Se todos se amassem com igualdade,
Tivessem o amor e a bondade
O mundo não seria tão desigual.
No santo ritual que reinicia.
Natal, é cada vez que você ora,
Como os pássaros voltam ao ninho
Pontos voláteis a cada fim do dia
Dançam em ritual perfeito
O contrito dobra os joelhos e chora,
Ao ver esta perfeita harmonia,
Do Augusto Deus tanta bondade,
A natureza mostra-nos a Verdade
Pelos caminhos da vida, paz e amor.
A Natureza mostra o sacro caminho,
Para vivermos o ritual da harmonia,
Pois é o Natal um renascer todo dia,
É enxugar as lágrimas de teu irmão,
Que pobre passa por você e mendiga,
Só um abrigo, água e um pedaço de pão.
Natal é agradecer a todas as Graças,
Lenitivos de nossas mágoas e dores,
De termos ainda nossos queridos...
É ser para o irmão o sol que aquece
É doarmo-nos em gestos de amor,
Pelo que nos foi dado ser preferidos,
Pelo amor de Jesus Cristo Senhor.
Solidariedade a quem adormece,
Pelas ruas sem teto e sem cobertor.
Natal, é ser o acalento, a poesia
Intervir pela criancinha faminta,
Imitação de Cristo que lhe dá a mão,
Que os olhos marejados, reflitam
Sua sentida e verdadeira paixão
A esse olhar de inocente calado
Que pede só um pouco de amor.
O Natal é hoje, ontem, todo dia,
quando se dá alvíssaras à alegria,
Uma luz, aos pés do caminhante
iluminando as pedras do caminho,
Teu, de tua casa e de seus irmãos.
O Natal nos convida a assim proceder:
Como o rio do alto da montanha
Que aos poucos sabe seu leito fazer;
Sereno ou acidentado, ora vales,
Ora planaltos, às vezes colinas,
Grotões e precipícios... Um salto,
Para as profundezas, os abismos...
Mas como a vida, lá ressurge o rio
Percorrendo esta incógnita existência.
A busca da Verdade que nos conduz
O Natal, é viver plenamente em oração
Ao Alto, com o Mestre em comunhão,
Com Jesus carregando do irmão a cruz
Esse é o Natal Verdadeiro que Deus Pai
Espera de nós para amarmos o Filho
Natal d Senhor Jesus em nosso coração.

CANTEMOS ASSIM:
Um dia uma criança menino,
Nasceu de uma jovem pura
Em quem Deus achou ternura,
Graça em esplendor genuíno,
Plantou raízes de amor,
Tesouros infindos de muito valor
Ó divina graça, abençoado e divino;
Nascido de uma jovem virgem,
Ao milagre, Hosanas de fé e louvor,
Assim seja para todas as gerações,
Uns ignoram, mas milhões o bendizem,
Cobrindo a Terra e todas as Nações.
Bendito o Excelso Semeador
De alimentos para o espírito
Ora Glória a Jesus semeai por nós
Intercedei por todas as criaturas
Dai-nos o símbolo das riquezas da vida
Luz para nosso caminho até o final...!


É NATAL,

É NATAL!
Nasceu Jesus
Jesus a alegria dos homens!
Hosanas cantam os Anjos do Céu