RAMALHETE CAMPESTRE
A galope
vai o meu ginete
pela estrada,
Respiro o
aroma do pinheiral silvestre
Congelo o
tempo ao lembrar
a amada:
Ao
entregar-lhe o ramalhete campestre.
Na ânsia do
encontro meu flete
é campeiro,
Carrego dentro
de mim galanteios sem jeito,
Quando varre
os pampas tal
minuano ligeiro,
Abichornada
saudade levo
a pealo no peito.
Se o medo é
um Não,
o Sim um coroamento:
Do velho da
prenda, este gaúcho
tem a graça,
Varo o pampa
a camperear bagual
ao relento,
Maneio o
laço a te dizer do apojo
duma raça.
Um desejo já
antigo, para ver-te
neste agora,
De uma vez
decifrar a profundeza de teu Sim,
Este taita
se enobrece ao dizer
que te adora.
Ao final
deste caminho já avisto
a querência,
A prenda, louro
trigal, emoldurada
na janela,
Vejo que a
vida é bela e o amor
uma ciência!
Nenhum comentário:
Postar um comentário