PERGUNTAS SEM FIM QUE NÃO SE CALAM SOBRE O TEMPO
Todos os
dias eu enfrento meus monstros interiores,
que ninguém fica sabendo.
Há dias de
cansaço, desânimo e revolta contra o estado de coisas vigentes e as preparadas
para piorar.
Nesses dias há tristeza na alma e lágrimas nos olhos.
Por outro
lado às margens das alamedas a esperança
- que me é um estado de espera -
viceja em forma de flores e arvoredo.
Nestes momentos vemos a necessidade de
fazer votos
de fraternidade e paciência com outras pessoas.
Temos que ser
pacientes e humildes o suficiente para não nos exaltarmos e passarmos a ser iconoclastas
dos
signos universais da natureza e da criação.
Respeitar mesmo o invisível que é
visível a outros,
o ininteligível para nós enquanto é fonte de felicidade a
outros.
Cada um de per si conhece as veredas de sua própria vida,
o caminho das
pedras, os atalhos e os abismos ao fim dos caminhos.
Conheço os meus.
Ou penso
conhecê-los por mim mesmo.
Para mim não existe maior mistério que o Tempo.
Não sabemos de onde vem nem para onde vai,
nem há quanto tempo ele
existe;
qual a sua origem e qual a sua idade.
Qual é a sua consistência?
Contém o Universo ou o Universo o contém?
É ele que nos determina a idade ou o tempo de nossa vida
é que o faz
existir?
Tem peso, altura, largura e profundidade ou é uma total abstração?
Se for uma abstração como sabemos que uma criança nasce, vem à luz do
mundo, surge, e um velho ou pessoa, ou animal, morre, desaparece, se finda, ao decurso de um prazo?
O tempo é contado pelo tique-taque cronométrico de um relógio ou
cronômetro, mas como explicar o fim das máquinas
e nunca o fim do Tempo?
O que
é o Final dos Tempos e para quem?
Desse Fim existirá testemunha e para que ela
vai servir - se nada mais existirá?
Seja de que forma for a extinção
do último homem ou dos últimos homens, será pela deixada de existir da Terra e consequentemente a morte da espécie
humana.
Após o fim do último homem, quem vai presenciar o Sem-Fim do Tempo, e
se restou alguém ou não?
E já que tudo que não tem começo nem fim é Eterno, o contrário é a Finitude, inversamente proporcional à
Eternidade.
Então será o fim do Tempo - a matriz da Eternidade?
Reportemos ao título deste texto
- que acusa serem a priori apenas
indagações -
a ninguém mais que a mim mesmo e depois de ter sido escrito e
lido, pode vir a formar um contexto, onde se
presume um tempo dado à matéria e outro subsequente imaterial.
Caso
contrário, seria um gigantesco desperdício da Criação, capaz de elaborar algo
ininteligível aos cérebros humanos mais avançados junto à parafernália de suas
máquinas e equipamentos auxiliares.
Os especuladores do Universo, ao afirmarem como definição, saber o que é
o Tempo e a Eternidade e estarem aptos a desvendar o Universo, cometem imensa
falácia; vez que negam
- ou não afirmam - a dualidade do fenômeno Vida,
onde o
complexo se confunde ao extremamente simples,
finda a Matéria ao após se libera
a Essência.
Queima-se a madeira, eleva-se a fumaça, que se dissipa, não deixa de
existir, apenas se transforma em outro elemento.
[mms]
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