quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A DEITAR LEMBRANÇAS
























A DEITAR LEMBRANÇAS

Vou fazer meus versos livres,
Igual ao voo de um quero-quero;
Lembrar-me da prenda que tive,
E da linda flor que ainda espero.

Campereando pela noite morta
Flor de campo, tu minha amada;
Ao nascente pareço ver tua volta,
Te vindo a sinuelo da madrugada.

Tenho por consolo mate e violão,
Lanço pealo a deitar lembranças;
Solito manoteio tão rude solidão,
Vagueando este rastro de andanças.

Lá do alto vem descendo a viração,
O céu quer em alento me agraciar,
Surge teu rosto em nuvens de ilusão
Vem assim tu querência, me animar!

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