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1. Anagrama japonês símbolo da Felicidade.
2. Árvore da Felicidade bonsai
UM SÍMBOLO DA FELICIDADE
O símbolo, bem conhecido da cultura japonesa que representa a felicidade. Pode representar também de modo implícito, sentimentos como realização, alegria, prosperidade, paz, amor, harmonia, entre tantos outros sentidos… A soma harmônica e suave de tudo que nos alegra o coração.
Afinal, essa é a razão precípua da busca e a aceitação da verdadeira felicidade.
MOMENTOS DE FELICIDADE
O lugar chamava-se Pedrinhas, em toda minha vida jamais havia visto e, por todo seu seguimento, não retornei a ver lugar mais calmo, mais natural e de maior paz que o lugarejo na ponta do extremo norte da ilha.
O simples fato de receber o vento - como som de vento -
no rosto, o canto dos pássaros parecendo mais próximos pela ação do próprio
vento em meio ao silêncio, tem o nome próprio de Felicidade.
O retinir tão comum em nossas casas, de panelas sendo
assentadas ao fogão, nas casas quase que padronizadas, longe-longe uma das
outras, vinham aos meus ouvidos como um som recém-apresentado, um novo som de
encanto, revestido da felicidade de estar usufruindo de um milagre chamado vida.
Um milagre com todas as letras, pois é um fenômeno ao
qual não interfiro. Não peço para meu coração bater e ele bate, não peço para
respirar e no entanto respiro sem perceber, penso: sem pedir ao meu cérebro que
o faça, e ele o faz.
Esse conjunto de percepções emotivas e sensitivas
compõem um ser vivente capaz de ver as maravilhas mais simples, como a formação
de um rodamoinho na areia branca que cobre as ruas irregulares do vilarejo.
Sendo irregulares em seu projeto despojado faz a característica mágica do lugar. Ruas extremamente limpas, lixeiras
verdes efetivamente usadas pelos
moradores. Ruas - bem como toda a região, arborizadas com espécimes autóctones.
É uma vila cuja maior atividade é a pesca da tainha, mas não tem as feições de
uma aldeia de pescadores. É uma quase cidadezinha em sua aparência de
construções. Um comércio central com um “pouco de tudo”: padaria, mini-mercado,
açougue-peixaria e bar. O proprietário na ocasião era o administrador de
Pedrinhas.
A parte mais admirável do lugar vem agora: Por todas as
ruas existem placas educativas e de alerta como por exemplo: “BARULHO APÓS ÀS
22:OOh EM PEDRINHAS NÃO FAZ SENTIDO”; “JOGAR PAPEL NAS RUAS DE PEDRINHAS NÃO
FAZ SENTIDO”; “RETIRAR QUALQUER COISA DA
NATUREZA EM PEDRINHAS NÃO FAZ SENTIDO” e muitos outros que não tive a oportunidade
de ler.
No comércio citado, o proprietário montou um quadro, de
objetos e coisas que: JOGAR NAS RUAS E NATUREZA ‘NÃO FAZEM SENTIDO”: papel de balas e doces; garrafas Pets (cortadas na transversal para
assentar no quadro) foto de cocôs de cachorros (que aliás não existem cães
soltos); pontas e tocos de cigarro, embalagens de papel ou isopor, e etc. Chamei
a família e ali ficamos um bom tempo lendo - o período de anos que os objetos
permanecem na natureza e as
consequências que produzem. Parabenizamos o proprietário do estabelecimento,
autor dos projetos e administrador do ¹distrito. Sem dúvida algo tão educativo,
digno de se aplicar copiar e até exportar como exemplo de preservacionismo à natureza.
Para mim todo esse relato foi e continua sendo ao
relembrá-lo um motivo de FELICIDADE, por ter vivido essa realidade e encantado
meus sentidos.
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¹Ilha Comprida-SP - Distrito de
Pedrinhas, Boqueirão Sul, anos seguintes em que Ilha comprida passou a
município, desmembrando-se de Iguape-SP
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