quinta-feira, 11 de agosto de 2016

MOMENTOS DE FELICIDADE


                         
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1. Anagrama japonês símbolo da Felicidade. 
2. Árvore da Felicidade bonsai



UM SÍMBOLO DA FELICIDADE

O símbolo, bem conhecido da cultura japonesa que representa a felicidade. Pode representar  também  de modo implícito, sentimentos como realização, alegria, prosperidade, paz, amor,  harmonia, entre tantos outros sentidos… A soma harmônica e suave de tudo que nos alegra o coração.
Afinal, essa é a razão precípua da busca e a aceitação da verdadeira felicidade.


MOMENTOS DE  FELICIDADE

O lugar chamava-se Pedrinhas, em toda minha vida jamais havia visto e, por todo seu seguimento,  não retornei a ver lugar mais calmo, mais natural  e de maior paz  que o lugarejo na ponta do extremo norte da ilha.
O simples fato de receber o vento - como som de vento - no rosto, o canto dos pássaros parecendo mais próximos pela ação do próprio vento em meio ao silêncio, tem o nome próprio de Felicidade.
O retinir tão comum em nossas casas, de panelas sendo assentadas ao fogão, nas casas quase que padronizadas, longe-longe uma das outras, vinham aos meus ouvidos como um som recém-apresentado, um novo som de encanto, revestido da felicidade de estar usufruindo de um milagre chamado vida.
Um milagre com todas as letras, pois é um fenômeno ao qual não interfiro. Não peço para meu coração bater e ele bate, não peço para respirar e no entanto respiro sem perceber, penso: sem pedir ao meu cérebro que o faça, e ele o faz.
Esse conjunto de percepções emotivas e sensitivas compõem um ser vivente capaz de ver as maravilhas mais simples, como a formação de um rodamoinho na areia branca que cobre as ruas irregulares do vilarejo. Sendo irregulares em seu projeto despojado faz a característica  mágica do lugar. Ruas extremamente limpas, lixeiras verdes  efetivamente usadas pelos moradores. Ruas - bem como toda a região, arborizadas com espécimes autóctones. É uma vila cuja maior atividade é a pesca da tainha, mas não tem as feições de uma aldeia de pescadores. É uma quase cidadezinha em sua aparência de construções. Um comércio central com um “pouco de tudo”: padaria, mini-mercado, açougue-peixaria e bar. O proprietário na ocasião era o administrador de Pedrinhas.

A parte mais admirável do lugar vem agora: Por todas as ruas existem placas educativas e de alerta como por exemplo: “BARULHO APÓS ÀS 22:OOh EM PEDRINHAS NÃO FAZ SENTIDO”; “JOGAR PAPEL NAS RUAS DE PEDRINHAS NÃO FAZ SENTIDO”;  “RETIRAR QUALQUER COISA DA NATUREZA EM PEDRINHAS NÃO FAZ SENTIDO” e muitos outros que não tive a oportunidade de ler.

No comércio citado, o proprietário montou um quadro, de objetos e coisas que: JOGAR NAS RUAS E NATUREZA ‘NÃO FAZEM SENTIDO”:  papel de balas e doces;  garrafas Pets (cortadas na transversal para assentar no quadro) foto de cocôs de cachorros (que aliás não existem cães soltos); pontas e tocos de cigarro, embalagens de papel ou isopor, e etc. Chamei a família e ali ficamos um bom tempo lendo - o período de anos que os objetos permanecem na natureza e as consequências que produzem. Parabenizamos o proprietário do estabelecimento, autor dos projetos e administrador do ¹distrito. Sem dúvida algo tão educativo, digno de se aplicar copiar e até exportar como exemplo de preservacionismo  à natureza.
Para mim todo esse relato foi e continua sendo ao relembrá-lo um motivo de FELICIDADE, por ter vivido essa realidade e encantado meus sentidos.
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¹Ilha Comprida-SP - Distrito de Pedrinhas, Boqueirão Sul, anos seguintes em que Ilha comprida passou a município, desmembrando-se de Iguape-SP



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