Augúrio
Era uma tarde febril de sol fogoso,
onde os
pináculos exuberantes
exalavam ouro.
Arrebatada por um poente soberbo,
na exótica e
indescritível paisagem,
diviso uma imagem suntuosa,
que assemelhava uma ninfa
celestial.
Extasiada me prostro, mas não recuo,
e a
flamejante figura parece preocupada
com o paradeiro de alguém.
E estonteada arrisquei:
- O que fazes sublime senhora,
ostentando
tanta beleza,
com este arco nas mãos?
- Sou guardiã!
Respondeu incisiva.
- Protejo os pássaros,
sou deles uma soberana
invisível,
mas por instantes, deixo-me ver.
Defendo-os dos caçadores,
que não
têm perfeito juízo,
nestes céus já tão despovoados,
ainda ferem os pobrezinhos,
que vivem sobressaltados.
Após devassarem as matas, seus lares,
ainda não
suportam os ver voar,
com seu planar enfeitando os céus.
E após este murmúrio,
numa voz vibrante em
augúrios,
desapareceu!
*Laís Müller, Brasil
*Laís é uma querida confreira, "Poeta e Escritora do Amor e da Paz" (PEAPAZ)
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