Outono primaveril... ilusão?
Olho-me ao espelho e observo corpo, rosto e alma -
minha pele ainda exala um cheiro apetitivo de Flor
e no verde azulado dos olhos trago o tom da Esperança...
Olho-me ao espelho e observo corpo, rosto e alma -
nos vincos gravados no rosto habitam Dores e Vitórias
e meus versos de ponta a ponta clamam pelo Amor!
E, tu me dirás: “Ilusão! A idade corrompeu-te a razão!”
Mas, o espelho perpetua, na cor do meu baton, a certeza da Paz!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 17 de outubro de 2009
Fundo musical: Tristesse. Chopin
Há uns efeitos
visuais culpados do embargo de nossa alma...
O espelho,
que embora ao inverso de nossos traços físicos,
que embora ao inverso de nossos traços físicos,
não é das
profundezas o amargo reverso jamais...
Ele - espelho meu, ou teu,
é incisivo e sincero...demais!
Mas a vilania que nos causa as lágrimas
dos recônditos do espírito é o retrato.
Ai, o retrato...
esse aprisionador de congeladas imagens.
Disse um poeta:
"Um frio nos percorre
o corpo ao propósito de fitá-lo
Tenho mais saudade de
ti em teu retrato
do que a tua ausência em meu recato".
Vejo-te imóvel e inerte, embora estejas
pulsante e contígua a meu lado.
Estranha sensação, que aciona dorida Saudade,
de um bem já ausente
embora estando presente.
Preciosa obra de inigualável fotogenia,
um retrato envolvido
em melodia,
só ressalta a
essência de nossas emoções:
Saudade.
Mauro Martins Santos,
À Sombra das Araucárias,
Outono de 2016
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