quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A SAUDADE É SINAL DE QUE VALEU PENA


A SAUDADE É SINAL DE QUE VALEU A PENA...

O passado - e dele nós recordamos - valeu como razão e demarcação para os caminhos que  iríamos trilhar na vida, balizamentos para nossos passos; oportunidades de comparações entre o que foi e o que seria para o presente, e apontam o futuro.

Se houvéssemos casado com aquela, ou aquele que ‘tanto’ amamos no passado, teríamos tido exatamente estes filhos que o presente amor nos deu? Criaturas que damos nossas vidas por eles? Perguntamos: - O passado nos ofertou amor de verdade ou não se passara de forte enlevação? Se tudo ocorresse como sonhávamos, qual rumo, volume de sentimentos, dinâmica de resultados teríamos legado ou recebido para hoje?  

Mistério ou clareza de propósitos, tudo só passa a existir efetivamente quando se materializa. Destino é a nossa rubrica quando não queremos o comprometimento de nossos atos explícitos e assumidos quando o bem vira mal e vice-versa.

É o caso da ‘sorte’ que não passa de “quando a competência encontra-se com a oportunidade”. Fora disso ‘dão-se com os burros na água’ ou as vacas vão para o brejo’ é só uma questão de tempo, para quem ainda pensa que os incompetentes perduram-se nos cargos e poderes.

Interessante é notar que as pessoas falam em destino de forma constante quando as coisas não dão certo, ou quando tudo vai de mal a pior. Não se referem quando tudo lá adiante dá certo. Aí é normal, aconteceu...

Contudo, se vivemos e caminhamos pelas alamedas  do que passou desvinculados de qualquer outro afeto ou emoção, dedicados  àqueles momentos, foi porque valeu a pena.

Se o recordamos é porque teve o estofo do carinho, do amor, do valor implícito naquela vivência que foi real. Das desilusões temos ‘lembranças’ - curtas-metragens que passam; mas saudade - em termos de amor pessoal - só daquilo que decorre (ou decorreu) efetiva e integralmente em nossa vida, quando nos ausentamos de quem muito queremos. Digo e sempre repito: - ‘Amor é convivência’ e: - ‘Conviver comprometidamente é vocação’. 


Por isso, guardemos, sim, as saudades com muito amor e carinho, mas sem nostalgia  que é uma qualidade do ‘profissional da saudade’ - aquele que vive no passado. Pode ser em relação a um amor, a amigos, amores distantes no tempo cronológico ou geográfico; seja em qualquer fase da sua vida. Nossa memória deve trabalhar a nosso favor, de modo a homenagear quem já amamos e fomos amados no passado ou verdadeiramente no presente.



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