terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES

A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES
Aberta pós morte.

Sou grato pela minha vida.
Não terei últimas palavras a dizer.
As que tinha para dizer, disse durante a minha vida.
Recebi Muito. Fui muito amado. Tive muitos amigos. Plantei árvores, fiz jardins. Construí fontes, escrevi livros. 
Tive filhos, viajei, experimentei a beleza, lutei pelos meus sonhos. Que mais pode um homem desejar? Procurei fazer aquilo que meu coração pedia.
Não tenho medo da morte, embora tenha medo do morrer.
O morrer pode ser doloroso e humilhante, mas à morte eis uma pergunta: - Voltarei para o lugar onde estive sempre, antes de nascer, antes do Big Bang ou (COMEÇO DO UNIVERSO)?
Durante esses bilhões de anos, não sofri e não fiquei aflito para que o tempo passasse.
“Voltarei para lá até nascer de novo.”



                       

HORIZONTES

Pintura de Fcº Antonio Cano 
Pese a ser uno de los nombres claves en la historia de la pintura de paisajes en Antioquia, Francisco Antonio Cano [Colombia] murió pobre y casi en el olvido. Su deseo fue que lo enterraran sin identificarlo, ya que sentía que no hacía parte de ninguna religión.
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HORIZONTES
Julgo difícil o "Eu poético" 
ter de escolher 
uma pétala de flor 
do "Jardim  de Poesias",
estranhar íntimos caminhos 
e vir a se perder. 
Ocorre, o estranho e difícil,
 porque a poética 
nos induz a fazer existir 
discrição nas preferências.
Mas a acolhida da Saudade 
é sempre apática,
é  o regresso ao recôndito
 da alma, a essência... 

Pois são letras 
que se movem,
se modulam
se inteiram...
Se consomem.

A poética vida,
se não a se consome
como dádiva,
de per si é consumida!

Disse o ¹poeta:
"Não tenho paredes,
só horizontes."

A vida é muito mais
que o horizonte visto 
de sua janela! Bem mais...

Vá mais longe...

[M. Martins Santos]

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¹ Mário Quintana

domingo, 18 de fevereiro de 2018

FOTOGRAFIAS


Fotografias
são pedaços de vitrais,
cujas almas catedrais,
brilham por toda eternidade...!

sábado, 17 de fevereiro de 2018

NÃO REMENDE ROUPA VELHA COM PANO NOVO

O Amor é um sentimento nobre demais
para se viver mendigando.

NÃO REMENDE ROUPA VELHA COM PANO NOVO

O título pode parecer díspar frente ao que vai ler, mas à medida da leitura do assunto, ele se encaixa.

O Amor entre um casal é na verdade pouco falado como se deve .
Ou é colocado quase sempre sobre os trilhos da teologia, dos aconselhamentos vestidos de autoajuda, ou tecnicamente pela psicologia-social e outras áreas se o caso for específico. Na grande razão só deveria vir de forma natural, como o verdadeiro sentimento que é - da composição do ser humano e sua atração pela outra pessoa. 

À medida que o casal precisa de constante, repito, constante, intervenção externa nos moldes citados, mais inclusive o policial e seus desdobramentos, começamos a pensar no que o título deste ensaio tem a nos dizer. 

A História tem fatos reais e romances às centenas - sobre uniões baseadas nos interesses financeiros, nobiliárquicos ou políticos, onde um dos cônjuges -normalmente eram as mulheres que mais sofriam - passavam a ser somente um objeto sexual, uma serviçal e 'boa' parideira. Que, aliás,a sequência maternal era para mantê-las confinadas aos filhos - para os homens de posses, terem tempo para seu harém espalhado pela cidade e vizinhanças, ou nos lupanares. Os pobres tinham muitos filhos pelo contrário, por não terem dinheiro para os lupanares, e também para obter em casa mesmo, as mãos de obras, comuns desde as crianças a partir dos seis anos de idade.

Hoje estes fatos não são mais segredo para ninguém. Até o nosso rei ou Príncipe Regente Dom Pedro I, teve seus casos de lazer sensual nos lupanares e com bailarinas francesas, com pelo menos duas teve filhos, e se enroscou por mais tempo com Domitila de Castro Canto e Melo - que elevou a Marquesa de Santos - também não lhe sendo fiel, pois teve um filho com a sua “lugar- cunhada” irmã de sua amante Domitila, a qual morava no Rio de Janeiro. E, existiram outros casos de Sua Majestade Dom Pedro de Orleans e Bragança. 

Hoje felizmente apesar de uns pesares há uma maior libertação e algum apoio maior às mulheres. E em curso várias reivindicações de iniciativa delas e parlamentares. Quando me formei em Ciências Jurídicas e Sociais, nos anos 80, não havia a Delegacia da Mulher, nem a Lei Maria da Penha, que de forma incontesteste foi um avanço no reforço à defesa da mulher, além de juridicamente no Código Penal e Processo Penal, artigos que tratavam da "honra do marido traido" mesmo nos casos de homicídio, também no Código Civil e seu regulamentador o CPC, o capítulo, parágrafos e artigos que tratam da família (Direito de Família); as separações: pós-divórcio (antes não contemplados pelo desquite) e direitos da mulher  conjuge ou companheira que convivam maritalmente sobe o mesmo teto, teve modificações, que recaem a bem da mulher, e outras edificações jurídicas.

Neste contexto, ao Amor não cabe imposição, interesses familiares ou grupais. Não cabe mais construir metáforas romanescas, o sofrer por sofrer de amor... como nos contos de fadas em que do interior da Fera sempre houvera esperança de ressurgir um príncipe para a Bela retratar sua saga em lindos acalantos. Se assim fora, maravilha! Mas quando comprovadamente a Fera for realmente 'fera' - não há alternativa se não sair desse relacionamento escravagista, repleto de pancadaria, infidelidade e desamor, onde a mulher é mais objeto do que um traste jogado no sótão.

Só aproveitando, o exemplo de uma personagem já citada - Domitila - conta a História que recebia constantes espancamentos por Felício seu primeiro marido, do qual mesmo ela tendo sofrido tentativa de homicídio (hoje, não sei por que, se diz feminicídio) como se as mulheres não fossem da espécie humana, fossem E.Ts. Mas, Domitila sofria de Felício  inúmeras agressões físicas - Felício era oficial mineiro do Corpo dos Dragões de Vila Rica . Tentou Felício se reconciliar com Domitila, dizendo-se regenerado; mas não; a bebida, a violência de caráter e o jogo de cartas o levaram a produzir duas facadas em Domitila uma na coxa, outra no abdômen, esta ficando meses entre a vida e a morte.

O inverso em menor número também é válido, sendo o mais constante a infidelidade conjugal ou adultério por causa de falha moral, quando não por outra causa.

Tudo se resume na falta de Amor de um para com outro, a falta de interesse no bem estar comum somados ao desdém para com as necessidades biológicas naturais e emocionais do outro... 

Quando é assim, com total falta de cumprimento das obrigações conjugais e sexuais, não têm solução; não têm remédio ou terapia de autoajuda que dê jeito. Quando as outras mulheres são melhores que a sua, ou vice-versa, o casamento estará falido.

Eu sei que às vezes é difícil de aceitar um papo assim direto. Mas há a questão da dignidade ou amor pessoal (antigamente se falava em honra - lavar a honra), marcavam-se até duelos... hoje se mata com tiros ou facadas, pauladas, linchamentos...

Não importa mais a classe social. Quem mora em condomínio ou apartamentos em edifícios de vários andares, onde predominam ricos e classes médias altas, não são ‘pés -rapados’...  e noticiários atuais divulgam assassinatos passionais (contra  mulheres) nesses locais. 

Não perca sua cabeça porque alguém não lhe corresponde ao amor que acha que é maior que da outra pessoa. Num dos casos o homem tinha 59 anos a mulher (e muito bonita) tinha 28. Ele espera mais o que da vida agora? Outra mulher a princípio, sabendo quem ele é, o que fez ou pode fazer, não vai  aceita-lo nem com vela amarela acesa.

Não somos nós que iremos traçar os caminhos. Estragando-se a travessia, vai ficar de difícil a impossível atingir o porto do destino. Meu pai em sua filosofia rude de sulista dizia: “Não ponha anel de ouro em focinho de porco. E... quem te despreza é porque nunca te amou!”

Estamos falando de Amor que comporta uma equivalência correspondente, como fossem dois pratos de uma balança nivelados em peso e valor. Como um nível cuja bolha estará perfeitamente encaixada no demarcador do relacionamento. Evitar os desvios e desníveis, sopesando a um mais e outro menos, onde este último vai sofrer lastimar e chorar.

Além do amor próprio que carregará consigo seja com quem for, deve estar certo que em questões humanas se ganha e também se perde. É o caso de saber quando e o motivo de pôr um fim num relacionamento. Sem rusgas, sem culpas, sem estresse.
Em nenhum momento podemos dizer que é fácil - também por isso foi dito 'saber terminar.' Livrar-se daquilo que é desamor: fábrica de lágrimas, tristezas, angústias e de infelicidade. Valorize-se, dê a você, todo o amor que não recebe. A outra pessoa não é nenhum ídolo, é de carne e osso - ou carne de pescoço - como diziam os mais antigos; e faz todas as mesmas necessidades fisiológicas que você, igualitariamente. 
Transfira o amor que não recebe em bônus  de valor para você. E saia de cabeça erguida para encontrar outro alguém digno de todo o Amor que tem para dar.
Uma pessoa pode parecer absolutamente encantadora no começo, mas talvez logo você tenha que se perguntar para onde foi aquele encanto... antigamente "aquele corpinho de violão" para a mulher - hoje se diz 'aquele corpão', barriga de tanquinho, etc.

O amor verdadeiro é algo que vai além de amar as coincidências; que, aliás, é o que há de menos importância na composição da psicobiologia das pessoas. Um amor sincero e verdadeiro é se apaixonar pelas diferenças, sabendo que os seres humanos - todos - são possuidores de imensa diversidade, tanto quanto o número de células que o compõe. E com grande regularidade, ao conhecermos outro alguém, nos momentos iniciais de interação, formarmos a primeira impressão, impressão essa que é influenciada pelas atitudes e gestos, ou seja, comportamentos. Pesa nos primeiros contatos e encontros o conhecimento de como essa pessoa é, e se vai muito pela  aparência física.

Ainda acontece de vir no ‘pacote’, a ilusão de que a aparência, aspectos físicos e comunicação corporal, dizem das características da personalidade humana, a compreensão da vida e tudo o mais que a formam.
Dou como exemplo - de homem que sou - a aparência física, o corpo de uma mulher, em suma sua beleza: seus cabelos [se forem da cor que aprecia, melhor sendo naturais], altura, postura, andar, como se veste... Aqui é importante dizer que a primeira impressão é a que fica. Se quiser conquistá-la para relacionamento sério, vai detalhar sobre esse caso. Se nem pensa nisso, pouco importa como ela está vestida ou ‘desvestida’, o que no caso até se é melhor.

Na intensidade que almejam (ambos) obterem, a atratividade física vai estar no topo das preferências. Também há a propositura da visão do ‘belo’, “cada ponto de vista é uma visão de um ponto” - quem ama o 'feio', bonito lhe parece.




PODER

O PODER É UM CONCEITO E AS
 DECORRÊNCIAS IMPREVISÍVEIS
[m. martins santos]

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

BOM FERIADO CARNAVALESCO A TODOS

Imagem relacionada
QUERIDO AMIGOS APRECIADORES DAS FOLIAS CARNAVALESCAS.
1. Se beber passe o volante a outra pessoa sóbria.
2.Todos podem e devem se divertir, mas com responsabilidade ainda maior nestas datas.
3. As estradas estão cada vez mais perigosas e com muitos motoristas dirigindo alcoolizados ou drogados.
4. Respeite ainda mais os limites impostos pela lei quanto à velocidade, ultrapassagens, distâncias de outro veículo adiante, sinalização em geral.
5. Em certos casos devagar também é pressa, ou quem tem pressa sai mais cedo, mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
6. Pensem em suas famílias, sobretudo nas crianças e os ditames da lei de trânsito quanto ao conduzi-las adequadamente.
7. Deem um tempo para as 'selfies', os arrastões de roubo a celulares e valores estão de forma acentuada quando as pessoas ficam mais vulneráveis e desatentas. 
Fashion Shopping Girlfriends : Vector Art
8. Verifiquem todos os documentos principais, e deixem em casa  joias, objetos de ouro ou valor e não ostentem dinheiro em público. Zelem sem descuido de seus copos de bebida. Nestas datas aumentam as dopagens aleatórias ou de mulheres, chamadas de "Boa noite Cinderela".
9. Todo cuidado e 'caldo de galinha' não fazem mal a ninguém.
10. Este decálogo é apenas um modo deste amigo poder ser útil, nenhum 'terror'; uma confraternização à responsabilidade de cada um. Vão e Voltem bem de seus destinos.

FELIZ E DIVERTIDO FERIADÃO DE CARNAVAL



sábado, 10 de fevereiro de 2018

PILARES DA CRIAÇÃO DOS MUNDOS

PILARES DA CRIAÇÃO DOS MUNDOS 

PILARES DA CRIAÇÃO


“Gigante Luminoso” derivado da “Nebulosa da Águia”
This space art is not available for sale.
Credit:
NASA & ESA

O telescópio espacial Herschel da Agência Espacial Européia capturou esta nova visão maravilhosa da famosa Nebulosa da Águia.
A Nebulosa da Águia, localizada a 6.500 anos-luz de distância da Constelação Serpens, é visível como um ponto vermelho distorcido para astrônomos amadores com um modesto telescópio.
Em 1995, o telescópio espacial Hubble da NASA capturou uma imagem famosa de uma região dentro da Nebulosa da Águia: um conjunto formador de estrelas chamado NGC6611, conhecido como "Pilares da Criação". Luz e calor de estrelas jovens criaram os pilares icônicos, que são cada trilhão de quilômetros de comprimento.
pilares central e esquerdo
A estrela à esquerda é 4 a 5 vezes a massa do nosso sol.



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O texto acima por mim publicado, foi por inspiração deste pensamento de Anatole France:
[CRIAÇÃO]
Criar um mundo é menos impossível do que explicá-lo.
[Anatole France]


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

RESPOSTA AO FUTURO [FRASE]

Resposta ao futuro, Severn Suzuki

Severn Suzuki e seu filho

"A única maneira de lidar com essa crise (meio ambiente) em que nos encontramos é encontrar as pequenas várias soluções que existem mundo afora. A resposta para o futuro é agir localmente."

Severn Suzuki


Bióloga, Ativista Ambiental canadense. (Vancouver, 30 de novembro de 1979).


Ficou conhecida como "a menina que silenciou o mundo por cinco minutos" com seu discurso feito para delegados e chefes de Estado na Rio 92. Aos 12 anos de idade, conseguiu emocionar os presentes no Riocentro com frases marcantes como "sou apenas uma criança e não tenho as soluções, mas quero que saibam que vocês também não têm".


Saiba mais:

UM CASTELO DE FRENTE PARA MIM



Um Castelo de Frente para Mim...
Numa sala o acervo do rei: aluvião de ilusões
Ao construir meu castelo a sala pareceu-me imensa
Ora se apresenta mínima para tantas decepções.
Construí torres contra os ataques da vida insana,
Das janelas das altas torres assistia aos pores do sol,
Ao tempo que via entre nuvens vossa imagem diáfana
Mais fácil preservar em luta renhida muralhas acossadas
Por exércitos de bárbaros, nórdicos ou romanos,
Do que da infidelidade os tropeços e enganos
Dos mistérios de uma alma de todo encouraçada
Enaltecidos e declarados sentimentos a ti Ivana,
Meu coração encontra vossas muralhas fechadas
Em distanciamento falseado como de paixão insana.
Perfídias na trilha dos sonhos, em busca de tua lealdade,
Somam-se ao empoeirado acervo das desilusões,



Ouvindo na capela o sábio e velho abade:
- Majestade, as atitudes ofensivas que beiram a leviandade,
Tudo se assemelha à alma de uma alteza de coração vazio,
Vais aumentar teu já diverso e grande acervo de perdidas ilusões
Alteza, Ivana desdeixa seu principado a cuidados tardios.
Majestade não deixais cair vossa autoridade em decepções,
Viverei no reino só mais um pouco, e neste Castelo um nada,
Observo o Tempo correr e as brumas caminham para o vazio
Sons de cantos gregorianos são o acolchoado de minhas noites
Carece meu coração de vos falar antes que o saber seja tardio,
Nas brumas de minhas derradeiras visões vejo o vosso povo,
Ignoram a individualidade de vossa paixão e gemem de frio e dor...
Antes que me vá, reflita com firmeza nos propósitos de vosso reino,
Falo-vos essas coisas pelos procedimentos de Sua Alteza Ivana,
Em miséria deixou seu povo; e só por cobiça não vos dedica amor.
Aguarde meu bom rei, um verdadeiro amor de terras distantes,
Sem os sentimentos abjetos de Ivana, que embora linda é uma tirana,
Abra as arcadas do torreão do Castelo e ouça os louvores incessantes,
Do povo que te ama e respeita, não decaias, receba do povo o clamor!

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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

CHUVA ATEMPORAL


CHUVA ATEMPORAL

Gotejam lá fora gotas numa lata
Os trovões ribombam distantes...
No condutor o rumor de uma cascata
Menino, eu dormia feliz num instante.

Imaginando meu telhado protetor
Meu colchão simples, mas confortante,
Hoje - menino já velho - cheio de dor...

Os segundos a tiquetaquear,
Penso lá fora, no chão sem cobertor,
Doentes, velhos e crianças a chorar...

Já são altas horas, retiro a lata da goteira
Para não ouvir o som que era de saudade,
Parecendo dar à miséria uma eira ou beira;
Somos todos cegos esta é a pura verdade...

Ribombar de trovões distantes ora tristes são,
O telhado já não me protege das gotas frias
Que caem lá fora em meu exposto coração...
Tempus fugit, e todos ficamos nesta apatia.

Não podemos sair a esmo pela noite afora,
A noite é o logro de um poema feito a sós
Não, a selva se alimenta de sangue agora,
Há angustia no Tempo que cala nossa voz...

E breves quanto eternos serão os segundos
Soma dos infindáveis minutos e horas feridas.
Para dormir só o acalanto de outros mundos
Nos agregará o fluir da paz para nossas vidas! 


sábado, 3 de fevereiro de 2018

CONVERSÕES


Conversões

O mal não precisa de sermões para converter alguém a seus princípios e doutrinas. Basta alguém visitá-lo tácita e periodicamente já está converso. O que segue é apenas edição e formatação.

[M. Martins santos]

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A SAUDADE É SINAL DE QUE VALEU PENA


A SAUDADE É SINAL DE QUE VALEU A PENA...

O passado - e dele nós recordamos - valeu como razão e demarcação para os caminhos que  iríamos trilhar na vida, balizamentos para nossos passos; oportunidades de comparações entre o que foi e o que seria para o presente, e apontam o futuro.

Se houvéssemos casado com aquela, ou aquele que ‘tanto’ amamos no passado, teríamos tido exatamente estes filhos que o presente amor nos deu? Criaturas que damos nossas vidas por eles? Perguntamos: - O passado nos ofertou amor de verdade ou não se passara de forte enlevação? Se tudo ocorresse como sonhávamos, qual rumo, volume de sentimentos, dinâmica de resultados teríamos legado ou recebido para hoje?  

Mistério ou clareza de propósitos, tudo só passa a existir efetivamente quando se materializa. Destino é a nossa rubrica quando não queremos o comprometimento de nossos atos explícitos e assumidos quando o bem vira mal e vice-versa.

É o caso da ‘sorte’ que não passa de “quando a competência encontra-se com a oportunidade”. Fora disso ‘dão-se com os burros na água’ ou as vacas vão para o brejo’ é só uma questão de tempo, para quem ainda pensa que os incompetentes perduram-se nos cargos e poderes.

Interessante é notar que as pessoas falam em destino de forma constante quando as coisas não dão certo, ou quando tudo vai de mal a pior. Não se referem quando tudo lá adiante dá certo. Aí é normal, aconteceu...

Contudo, se vivemos e caminhamos pelas alamedas  do que passou desvinculados de qualquer outro afeto ou emoção, dedicados  àqueles momentos, foi porque valeu a pena.

Se o recordamos é porque teve o estofo do carinho, do amor, do valor implícito naquela vivência que foi real. Das desilusões temos ‘lembranças’ - curtas-metragens que passam; mas saudade - em termos de amor pessoal - só daquilo que decorre (ou decorreu) efetiva e integralmente em nossa vida, quando nos ausentamos de quem muito queremos. Digo e sempre repito: - ‘Amor é convivência’ e: - ‘Conviver comprometidamente é vocação’. 


Por isso, guardemos, sim, as saudades com muito amor e carinho, mas sem nostalgia  que é uma qualidade do ‘profissional da saudade’ - aquele que vive no passado. Pode ser em relação a um amor, a amigos, amores distantes no tempo cronológico ou geográfico; seja em qualquer fase da sua vida. Nossa memória deve trabalhar a nosso favor, de modo a homenagear quem já amamos e fomos amados no passado ou verdadeiramente no presente.