segunda-feira, 7 de março de 2016

Pinheiro do Paraná entra em processo de extinção, afirma professor da UFPR

Pinheiro do Paraná entra em processo de extinção, afirma professor da UFPR

Foto: reprodução / internet
Foto: reprodução / internet
A araucária entrou em processo decisivo de extinção. O professor da Universidade Federal do Paraná Flávio Zanette afirma que a decadência da espécie atingiu “nível crítico nos últimos anos” e a Araucária deixou de estar apenas ameaçada. Para repor as árvores com idade avançada uma série de ações imediatas devem ser tomadas para evitar o fim da árvore símbolo do estado, segundo o professor.
Cerca de 1.500 mudas de araucária serão distribuídas gratuitamente a partir desta terça-feira (10) na UFPR em comemoração aos 30 anos de criação do Laboratório de Micropropagação Vegetal, que deu início às pesquisas com a Araucária na instituição.
O professor Flávio Zanetti, responsável por pesquisas que geraram o pinheiro de proveta, para ajudar a combater a extinção da espécie, afirma que tem provas concretas para embasar um plano de resgate da Araucária. Segundo ele, a pesquisa é decisiva para evitar a extinção da espécie.
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Foto: divulgação / UFPR
Foto: divulgação / UFPR
1.No URL faltante estava registrada a vóz do professor Zanette, afirmando categoricamente que a Araucária está em franco processo de extinção no Paraná - afirma, pela longevidade dos espécimes derrubados, ou deixados morrer pelas pragas, arrancando os exemplares jovens. Assim decretam o fim da espécie [Os interesses imobiliários são hoje um dos principais fatores - junto a outros como o madeireiro etc.]
Estudioso da araucária há mais de 30 anos, o professor Zanette defende as técnicas de enxerto como uma saída para estimular o plantio econômico da espécie, assim contribuindo para a preservação. Entre as vantagens da araucária enxertada está o início de produção de pinhões em período inferior a 10 anos (sem a técnica, a produção só começa entre 12 e 15 anos). O professor afirma que não há tempo de repor as árvores idosas se não houver uma ação efetiva.
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2. Neste URL - O professor Zanete reforça o [1] anterior, pondo o tempo de vida longevo (centenários em paralelo à vida das abelhas - por exemplo - ressalta não haverá tempo para restituir outro espécime e atingir a salvação da espécie - mormente equiparando-se a própria vida humana e a duração das gerações.
A doação de mudas começou hoje (terça) e vai até o dia 13 de março, das 8h30 às 12 e das 13h30 às 16h30, no Departamento de Fitotecnia da UFPR (Rua dos Funcionários, 1540, Juvevê). Cada pessoa poderá solicitar de 1 a 10 mudas. Junto com as mudas, o livreto “Enxertia de Araucária para Produção de Pinhão”, de autoria do professor Zanette, também é distribuído. O livreto ensina o passo a passo dos procedimentos necessários para que a muda produza pinhões com qualidade e mais rapidez. O telefone para mais informações é 3350-5728.

Comments

  1. Sou uma apaixonada pela araucária. Apesar de morar no interior de São Paulo, sempre achei essa espécie exuberante. Temos uma delas na chácara de meus pais. No mês passado viajei ao Paraná, levando meu filho à universidade, constatei, com tristeza, a ausência dessas árvores.
    Parabéns pelo projeto.

  2. Marina Machado says:
    Amei saber que existem pessoas realmente apaixonadas e conscientes para mudar o rumo da irresponsabilidade de muitos!!!! Tomara que daqui para a frente exista mais vontade de refazer as nossas maravilhosas araucarias. Dói muito constatar esta verdade *
  3. Aqui onde moro, perto do parque Bacacheri, recentemente vimos com muita tristeza um terreno perto da Acridas ser vendido e o proprietário derrubar várias Araucária antigas para construir um condomínio fechado…realmente não sei como a prefeitura permite!!
  4. Amo araucárias, acabei de mudar para uma chácara que tem várias e quero plantar mais. Agradeço o projeto e a pesquisa, vou passar pegar as mudas na UFPR.
    Abraço,
  5. ana lucia grimuza says:
    Os prefeitos de todas as cidades do Parana deveriam plantar as Araucárias em praças, bosques e também nas residencias deveriam ser cultivadas em lugares do terreno onde nao houvesse perigo de cair nos telhados os frutos, enfim, temos que salva-las da extinção pois é árvore símbolo do Paraná !


  6. ana estela armstrong says:
    Parabens meu querido e dedicado Prof.Zanette. Muito me orgulho de sabet dos seus projetos da sua preocupacao com a nossa arvore simbolo. Mais uma vez a frente com suas ideias para a preservacao da araucaria. Esperamos que o povo Paranaense va pegar ua muda e plante.
  7. LEONDA ANA LEOBET says:
    Há muitos fatores que contribuem para a extinção. aqui em SC, o que não deve ser diferente no Paraná.
    1- os pequenos agricultores são obrigados a manter as araucárias sem nenhum tipo de incentivo, não há como manter pastagens, nem fazer a retirada sustentável, como é o meu caso.
    2- há agora a praga do besouro que seca as árvores, não existe nenhum auxílio, simplesmente os pinhais estão secando e morrendo.
    3- a desvalorização da terra com pinhais, pois não dá para fazer nenhum tipo de uso ou cultivo.
    4- estratégias de extermínio pelos proprietários- arrancando as mudas e deixar as árvores morrer para cultivo ou pastagens- sou defensora das araucárias, mas não percebo futuro para elas.


    • Rosemary Eisenberg says:
      Estas 1500 mudas vem do Projeto Gralha Azul, é uma parceira da empresa Risotolândia, Colônia Penal Agrícola e UFPR, e em 10 anos já distribuímos mais de 4 milhões de mudas. Estas 1500 são apenas uma pequena parte do que produzimos e doamos anualmente.

  8. Sula Roque says:
    Parabéns pelo trabalho e incentivo.
    Moro em Diadema, São Paulo, em agosto, das 10 que separei, consegui “despertar” duas sementes em vaso, estão com aproximadamente 3cm, realmente a demora no crescimento é impressionante, mas muito gratificante. Para este ano pretendo aumentar o cuidado do “despertar” das sementes de araucária, para obter um sucesso maior.
  9. Sou de Clevelândia, estado do Paraná, aqui araucárias continuam sendo cortadas sem controle, empresário madeireiro daqui é pai do prefeito e tem esquema com a força verde, araucárias centenárias estão sendo cortadas também outras madeiras de lei, cedro, imbuias e varias outras espécies ninguém pode fazer nada contra este desmatamento.

  10. Anna Travensoli says:
    Também pudera com tantas restrições nas terras com Araucaria os proprietários de terras nem deixam crescer as mudas porque perdem as terras.
    O Governo deveria dar incentivos ao plantio e não punições quanto ao corte das árvores antigas.

  11. Felicitaciones por el emprendimiento y la dedicaciòn en pòs de una causa tan noble, como lo es la ecologìa. Vivo en la Provincia de Misiones frontera con el estado de Paranà, Santa catarina y Rio Grande do Sul. Brasil. Cuando a“un era joven me encantaba mirar como los pàjaros anidaban en las copas de las araucarias. En el patio de mi casa existia uno tan grande que con motivo de un nuevo edificio se lo debio cortar y fueron necesarios tres camiones , para transportarlo. Hoy miro con gran tristeza como llega la extinciòn de este ejemplar que tantos beneficios a la flora y fauna de la selva trajo . Es gratificante saber que existen personas que dedican sus vidas en bien de la floresta y sus especies nativas . Abrazos sinceros desde Argentina

  12. Ericalaine says:
    Triste é ver que nada disso é levado a sério…minha vizinha derrubou em poucos dias três pinheiros….fiz de tudo para evitar, mas as autoridades não deram atenção, só após a derrubada que a policia ambiental veio “velar” os pinheiros e dizer o que gostaríamos que fosse verdade…tudo se consegue através da “politicagem”, até mesmo a autorização….fiquei sabendo que em menos de dois anos , em uma área grande atrás de minha casa, com aproximadamente 20 pinheiros deixará de existir pelo simples fato que saíra um loteamento….

  13. Sergio Roza says:
    Só na minha rua que é pequena (duas quadras apenas) já mataram 2 araucárias gigantescas e ninguém fez nada. O condomínio pediu autorização pra cortar, o IBAMA não deu EVIDENTEMENTE. Eles colocaram veneno (não sei qual) em dois anos secaram. Já não existem mais. Não adianta, parte do povo não presta mesmo.
  14. Como faço pra estar recebendo algumas mudas? Gostaria de plantar em meu sítio. Tenho plantado muitas árvores e amo cuidar da natureza. Grata.
  15. Maria Cecília Ferreira says:
    PROJETO DE LEI N° 783/2011, de autoria do então Deputado Estadual Elton Welter e que Assembleia Legislativa boicotou. ESTABELECE REGRAS DE PROTEÇÃO, UTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL E INSTRUMENTOS DE COMPENSAÇÃO PELA PRESERVAÇÃO DA MATA DAS ARAUCÁRIAS. http://www.alep.pr.gov.br/atividade…/pesquisa_legislativa
  16. Em breve staremos distribuindo mais mudas
  17. A pesquisa do professor é ótima, e acredito que tem muito potencial. O único problema é a falta de orientação em onde plantar estas mudas. Pois se plantadas em locais indevidos, no futuro elas podem atrapalhar ou colocar risco a alguma construção e ai a secretaria de meio ambiente pode liberar o corte da mesma. E também uma araucária ou 10 em um terreno no meio da cidade, sem conexão com remanescentes de vegetação, sem subbosque e sem a manutenção correta elas perdem sua função ambiental; e se não forem plantadas e não tiverem manutenção corretas, correm o risco de não vingarem.
  18. Campos do Jordão ainda está preservando essa espécie, graças a conscientização que vem sendo feita pelo Meio Ambiente e um profícuo trabalho dos órgãos competentes, dentre eles a Polícia Florestal.
    Uma das regiões onde um verdadeiro vale de araucárias demonstram isso é no caminho do Horto Florestal da cidade, no Descansópolis.
    https://www.facebook.com/…/453847044764184/464984840317071/…

  19. Para verdadeiramente salvar as araucárias e todas as outras espécies que estão sendo extintas, existe uma única solução, está aqui, conheça, apóie:http://www.amayorca.blogspot.com.br
  20. Paulo R S Ferraz says:
    Prezado Prof Dr Zanette,
    Gostaria de participar de seu projeto e colaborar com a força do exemplo!
    Procuro orientações e conhecimento para aplicar a seguinte ideia/projeto: “Demarcar com Araucárias a maioria dos limites das APPs da fazenda de minha família!”
    Com essa ação acredito que, com sua adequada orientação poderia no curto, médio e longo prazos, colaborar de forma melhor e perpétua para a preservação dessa espécie tão importante para o Brasil!
    Logo no curto prazo, espero obter bem demarcado, e de forma até perpetua, o compromisso de nossa família com a preservação do meio ambiente, de forma sustentável…
    Calculo ainda que, fazendo assim, a própria declividade do terreno, em direção às nascentes, vai colaborar para a germinação de novos indivíduos, além de vir a fornecer sustento aos animais menores, como roedores. E ao longo do tempo, estes poderão alimentar melhor outras espécies da cadeia alimentar como o Lobo Guará, a Onça Parda e a Onça Pintada, ainda presentes em nossa região de Mata Atlântica.
    Como benefício humano, espero que meus filhos, netos e amigos possam vir a degustar esta iguaria que Deus nos deu, e até que possamos vislumbrar algum extrativismo sustentável de Pinhão para a fazenda, num médio prazo.
    No longo prazo, espero ser parceiro de vossa nobre proposta de preservar a Araucária no Brasil se puder ter a honra de receber os ensinamentos de tão digno representante de Universidade Federal Brasileira, que construiu conhecimento de longa data e o compartilha para o Bem Comum.
    Para tal, conto com vossa colaboração, ao menos no campo do conhecimento, e espero até nos tornarmos parceiros na preservação da Araucária, sempre buscando tornar mais viável e empreendedora esta sua e nossa iniciativa!
    Para quaisquer outras colaborações, coloco-me à disposição de VSa e quem mais se interessar,
    Paulo R S Ferraz
    Ferraz.safe@gmail.com
    celular/wathsApp 21 98194-0077
    Muito Obrigado por sua perseverança Professor!
  21. Your comment is awaiting moderation.
    DO PINHEIRO AO EXTERMÍNIO
    Com razão disse a Araucária:
    Vi irmãs centenárias encontraram a morte,
    Só para os homens terem mais terra e casa;
    Para abater-me – entre eles tiravam a sorte,
    Com riso e prazer de meus nós faziam brasa.
    A derrubada, um após outro tronco faziam,
    Não ligavam com os anos de nossa existência,
    Fossem mil anos, assim mesmo nos abatiam,
    E faziam ranchos e galpões, e as residências.
    Que arda o fogo em seu tronco – seu corpo
    Consuma a madeira com toda sua existência,
    Tábua sobre tábua, e pinhões para os porcos,
    Só que a natureza um dia teria a sua falência…
    As araucárias foram aos poucos ficando raras,
    Florestas viraram bosques e depois, desolação;
    Foram dizimadas – sua madeira ficando caras,
    Aguçando a ganância: madeireiros sem razão…
    Proliferando serrarias agentes da devastação,
    Sem planejamento nada que exista é eterno,
    Até o Estado deixar para a espécie a extinção,
    Isso que o homem consegue fazer é o Inferno!
    Mas:
    Se escrevendo eu salvar espécimes suficientes,
    Para as Araucárias atingirem futuras gerações,
    Direi: terei pago meu esforço de corpo e mente…
    Então:
    Com alegria encontrarei uma razão para viver
    Libertei meu coração para um belo propósito…
    E poderei falar: a Araucária vive, posso morrer!
    Mauro Martins Santos, Moji Guaçu, verão de 2016, in Blog À SOMBRA DAS ARAUCÁRIAS
    http://asombradasaraucárias.blogspot.com.br

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