sábado, 5 de março de 2016

PAPAGAIO-CHARÃO UM MORADOR DOS BOSQUES E FLORESTAS COM ARAUCÁRIAS


Papagaio-charão

O Papagaio-charão é uma ave psittaciforme da família Psittacidae.

Predomina verde-amarelado no corpo. Cabeça com máscara vermelha, asa com penas coberteiras vermelhas e um pouco de azul nas rêmiges. Cauda com amarelo nas extremidades das penas. Nas patas há pequena polaina vermelha. Tamanho médio: 35cm e peso médio: 300g.

Alimenta-se preferencialmente das sementes da conífera Pinheiro-do-paraná 
(Araucaria angustifolia)
Além destas, come os frutos do pinho-bravo (Podocarpus sp.), de Guabiroba, Guabiju, Camboatá, Murta, Jabuticaba e gemas florais de Ipê-amarelo. Da flora exótica, pode alimentar-se de frutos de Cinamomo, Nêspera, Pera, sementes e gemas florais de Eucalipto.

Põe de 2 a 4 ovos , incubados por um período de 22 a 24 dias, uma vez por ano.Nidifica em cavidades de árvores.É nidícola, permanecendo longo período no ninho após a eclosão dos ovos.

A espécie está intimamente associada às florestas com araucárias do nordeste do Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina durante o período de maturação das sementes do pinheiro-brasileiro, principalmente entre março e julho, quando os pinhões constituem o principal item alimentar dos papagaios. Nos demais meses do ano, contemplando seu período reprodutivo, o papagaio-charão distribui-se por uma ampla área, principalmente no nordeste, centro e sudeste do Rio Grande do Sul. Nesse período, ocupa uma paisagem caracterizada por pequenas formações florestais conhecidas por capões de mato, em meio a áreas abertas, hoje bastante antropomorfizadas, constituídas por campos ou lavouras. Utiliza como dormitório áreas de pinheiros, pinos e eucalipto.

A captura de filhotes do papagaio-charão para ser comercializado como animal de estimação, 
é hoje o principal fator responsável pela ameaça de extinção da espécie

A redução das matas de araucárias, durante as décadas de 20 a 60, diminuiu drasticamente 
a oferta do principal item alimentar da espécie

A derrubada das matas nativas e o manejo inadequado dos “capões de mato” têm diminuído 
a oferta de locais de nidificação para os papagaios

Ave típica do sul do Brasil, com ocorrência atual nos estados de 
Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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