DUAS DAS MAIORES MISÉRIAS HUMANAS
É de se pensar até aonde a criatura
humana é capaz de fazer o mal.
Há duas misérias mais evidentes no ser humano: aquela em que a
pessoa é tão indigente que nem sabe mais quem é. Causada pela quase inanição. Onde
todo o poder governante, tem culpa no cartório. Atinge o âmago da pessoa, e os
que não estão ainda nesta situação, estão a caminho ou tudo fazendo para causar
sua desgraça e de tantos quantos puderem levar com eles: é o delta dessa
violência desenfreada e de elevação constante de dia para dia, o que no passado
as estatísticas grafavam de um ano para outro.
A outra [segunda] miséria é pior do que a fome propriamente dita -
a ignorância anunciada pela falta de educação escolar, pela inexistência de
meios de suprir o analfabetismo. Porque a fome pode até levar a pessoa ao
caminho inverso do mal e da violência - pelo contrário, a história pontua
vários santos, que assim foram reconhecidos por quem de direito, no extremo de
sua penúria de vida.
Longe de fazer apologia à fome, mas apenas clarear um paralelo de
que a ignorância pelo analfabetismo é uma desgraça tamanha, que se pode dizer
que o indivíduo analfabeto ou analfabeto-funcional se equipara a um deficiente. E por única exclusiva
culpa da classe dirigente, que por sua vez foram guindados ao poder pela legião
de incapacitados de discernimento de que o poder se alimenta.
Por isso costumo dizer: um país continente como Brasil, onde se
tornou lugar comum falar que “em se plantando tudo dá” não é negócio para os poderosos
e os que se locupletam do poder, dar educação ao povo e saciar sua fome - que
daí derivam a violência, a falência da saúde e a segurança; onde se chega ao
absurdo de exigir com acenos de prisão e
exoneração dos agentes, e que trabalhem sem receber seus soldos atrasados há
mais de três meses e sem décimo-terceiro salário de lei.
Fico imaginando se um desses elementos que praticam verdadeiro
genocídio popular - roubando o erário feito como o suor do povo que paga seus
impostos - pelo poder conseguissem viver 150, 200 anos. Misericórdia!
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