sábado, 30 de setembro de 2017

PROVÉRBIOS E DITADOS







Todos devemos observar,
Ler e usar a sabedoria
prática e simples dos provérbios
e ditados populares.
São como ervas aromáticas
 que realçam o sabor dos alimentos que                   nutrem nossa vida mental.


M. Martins Santos


terça-feira, 26 de setembro de 2017

ORAÇÃO AO SENHOR DO TEMPO

Uma Supernova se formando (Captação Kleper's telescópio em órbita)



ORAÇÃO AO SENHOR DO TEMPO

Meu Pai Eterno, Senhor de meus dias;
gestor e administrador do Tempo de minha vida.
Ensina-me Pai, a contar os meus dias e aproveitá-los
tornando-os úteis, não somente a mim sede dos sentimentos pessoais,
mas de forma a tornar outras pessoas úteis a elas mesmas,
para que se tornem multiplicadoras divulgando os milagres que Tu operas
em nossa vida por intermédio do nome sagrado de Jesus Cristo Nosso Salvador.

Dias tenebrosos encontrei nas primeiras décadas de minha vida,
onde conheci a existência do sombrio Vale da Sombra da Morte,
e do campo de ossos secos, os mares tempestuosos e ondas gigantescas
que me davam pavor; sem vislumbre de um farol, sem lume, barco à  deriva.

Minha esposa e as duas crianças já estavam passando por necessidades básicas.
Há mais de quatro anos o governo do Estado-SP não dava aumento à corporação,
nem acompanhava a reposição para uma inflação galopante.

Nada pior para um homem em retirar uma moça de sua casa
e não conseguir dar-lhe ,e às crianças, o mínimo; e começar a viver de favores
de uma só irmã biológica mais caridosa.
Éramos seis irmãos, quatro homens duas mulheres, todos os cinco restantes
tinham situação financeira estabilizada e casas próprias,
eu nada tinha, pagava aluguel, em uma casa sem água corrente (cisterna) nem luz (usava lampião)
A esposa, retirava água do poço para as necessidades básicas e envergonhadamente,
aceitava a ajuda de seus pais.
Tudo feria muito fundo em meu coração.

‘Senhor são estas coisas, agora amargas lembranças,
que pedia  removeres de mim e que perguntava-Te até quando iria suportar...’

Paro para pensar Senhor, quando Te inquiri:
- Por que Pai, por que, no exato dia de maior alegria da vida de um homem e de uma mulher,
quando ambos iriam se tornar uma só alma, eis que o altar ao qual me ajoelhava
se transmudou em  um abismo sem fundo?
Tudo se transformou em um poço de lágrimas e indescritível tristeza...
Nesse dia antes de entrar no Templo...
Meu querido e amado pai, morria.

Em um de meus escritos, sob a luz da inspiração, esta faculdade abençoada,
que tu me concedes - tempos após -, perguntei a razão das grandes tristezas...
E Tu Senhor dos Céus, da Terra, do Mar e da Eternidade, me fizeste perguntar ao Tempo...

Concluí erroneamente ser isso, um pensamento filosófico que me ocorrera.
Mesmo assim, fiz a pergunta de onde me encontrava: “Quanto ainda vais durar ó Tempo
a me castigar, com agonias, tristezas e amargas lembranças?”
O Tempo respondeu dentro de mim mesmo: “Deixe-me apenas passar...!”

Sai do Templo, confuso com aquela breve resposta-pensamento.
Mas surpreendentemente tudo realmente passou na minha vida...
Não fora um mero pensamento.

Na década seguinte concluí a duras penas - crédito educativo - a faculdade de direito.
Fui aprovado em um concurso interno para sargento [era um simples cabo] um ano e oito meses após, fui aprovado também em um concorrido concurso, com candidatos de todo o Estado, para oficiais da PMESP. Lembro -me bem do título da redação da prova de Língua Portuguesa:
“A Verdade é Imutável, Incorruptível e Eterna”. Tinha peso “seis”, eu o tirei.

Um dos requisitos além do “excepcional comportamento” era ter Curso Superior,
havia terminado a Faculdade de Direito e Ciências Jurídicas e Sociais  na Unipinhal.
Após este curso de Oficiais já era segundo tenente.
Fiz diversos cursos de aperfeiçoamento em trânsito na Polícia Rodoviária Militar,
no Policiamento de Trânsito e Radio-Patrulhamento Aéreo com vistas ao Trânsito e suas decorrências, tornando-me um especialista.
Fui contratado pelo Senac, onde lecionei por dezessete anos todas as matérias pertinentes ao trânsito, em várias cidades da região geográfica de Campinas, Piracicaba, São João da Boa Vista, Americana e Limeira. Também requisitado e remunerado como palestrante em empresas e entidades públicas e privadas.

Minha vida mudou radicalmente, somente com persistência, muito esforço pessoal,
força de vontade, incentivo e resignação da esposa, em minhas ausências para os cursos,
E, sobretudo a Fé incontestável de ambos no Eterno e Senhor do Tempo.

Já havia passado dos quarenta anos, não era mais criança e a exigência dos cursos militares tomam por base a resistência física, onde concorri com pessoas bem mais jovens de força física e biológica natural, e, ou os acompanhava ou daria adeus ao Curso de Oficial e a oportunidade de melhora  na carreira e na vida.

Fui promovido a primeiro tenente e depois a capitão. Já estando a trinta e dois anos na Corporação,
em serviço de alto risco, não quis esperar mais tempo para uma promoção a major.

Ó meu Pai Eterno, Senhor de meus dias; gestor e administrador do Tempo de minha vida,
bem que meu pai terreno dizia:

“Peças a Deus Paciência e Sabedoria, Luz a teu caminho para esperar e entender o Tempo”.
Assim a partir daquela voz interna, ajustei o leme e a posição das velas de meu barco obedecendo ao Vento que sopra do Alto.

O maior prêmio e incentivo para tudo em minha vida, sempre veio e vem da voz de minha esposa que me diz: “Você venceu, eu e os filhos nos orgulhamos de ti.

Obrigado Senhor por tudo e por seres o Senhor Absoluto do Tempo e o Grande Cuidador de minha existência!

AMÉM!


domingo, 24 de setembro de 2017

DAS APARÊNCIAS



















DAS APARÊNCIAS

Temos que olhar
através das aparências
para divisarmos a alma humana.
Bem assim temos que enxergar
através das paredes de argamassa,
através das vidraças,
através do concreto.
Porque todos estes elementos
são nada mais do que a materialização
de um povo e sua luta que constrói a História.


M. Martins Santos

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

SEU TROCO EM REAL PODE VALER MAIS DO QUE PARECE.

Set embro-2017
Seu troco pode valer mais do que parece:
Veja as moedas mais raras do real



Nem todo mundo sabe disso, mas existem moedas que circulam como troco
por aí, cujo o preço é muito maior do que o que ela representa.
No mercado dos colecionadores, algumas dessas moedinhas chegam a valer
muito ou possuem um grande potencial de valorização para o futuro.
Por isso, é sempre bom dar uma boa olhada nas suas moedas antes de passá-las
para frente.

Mas qual o motivo dessa valorização?
O principal fator para elevar o preço de uma moeda é o número
de exemplares que foram produzidos.
Os números podem até parecerem elevados, mas considerando a produção
de dinheiro de um país, talvez seja o suficiente para tornar o item raro.
Fique sempre atento às moedas comemorativas como as da copa ou olimpíadas.
A probabilidade do preço dessas moedas aumentar com o tempo é alta.
Veja algumas das moedas mais raras do país:

5. Moeda de 1 real de 1999
Essa é a moeda de 1 real comum com a menor tiragem registrada: 3,84 milhões.



4. Moeda de 1 real da bandeira olímpica (2012)
Menos de 2 milhões de exemplares dessa moeda foram produzidos.



3. Moeda de 5 centavos de 1999 e 2000
 Mais uma moeda comum feita em menor quantidade.




2. Moeda de 10 centavos de 1999 e 2000
 Dentre as moedas deste valor, esta é a que possui a terceira menor tiragem.



1. Moeda de 1 real dos direitos humanos (1998)



Essa é uma das moedas mais raras e valiosas do real. Ela foi lançada em 1998
em homenagem ao cinquentenário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Apenas 600 mil exemplares dela foram produzidos.

Não colocamos os valores das moedas na publicação, pois isso depende muito do estado de conservação ou mesmo do comprador e elas também tendem a valorizar com o tempo.

Quer saber o preço de uma determinada moeda? Uma maneira fácil de fazer isso é pesquisar o valor e a data dela em sites como o Mercado Livre.

É claro que o ideal é fazer uma pesquisa mais completa, mas buscando nesse tipo de site já dá para ter uma pista do valor.

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Você possui alguma moeda que já vale bastante ou está esperando alguma valorizar?
Decida o que quer fazer, colecioná-las, esperar sua maior valorização ou comercializá-la. De toda forma, pense bem, objetos de coleção costumam valorizar rapidamente e pode sobrevir o arrependimento de abrir mão sem muita pesquisa._____________________________________________________________________

Compartilhe essa lista para que mais pessoas prestem atenção em suas moedas!


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

O PÁSSARO E A ROSA

 

O PÁSSARO E A ROSA
Mauro Martins Santos

O Sol começava a emitir seus primeiros clarões no céu, tingindo as nuvens de variadas cores, impossíveis de serem imitadas pela palheta de um artista, dada tanta luminosidade e inimitáveis matizes. Tons rosas-pastel, lilás, amarelos, esverdeados, cinzas claros e mais escuros, até intensificar em dourado, mais e mais, conforme se via no horizonte longínquo. Já fazia algum tempo que os primeiros raios do Sol haviam rasgado a escuridão da madrugada, e então nascendo, o Artista começava a tingir o céu com ele, usando-o como pincel, nas mais intensas cores. O espetáculo era deslumbrante e o Artista - todo dia o renova - para que nossos olhos se maravilhem constantemente com novas paisagens e cores inimagináveis de tanta beleza. Gradativamente o céu foi ficando mais e mais brilhante, passando do ouro à prata reluzente, e aqui e mais distante uma elevação, uma colina, uma montanha, ainda mantinha o claro-escuro não totalmente desfeito pelo pincel solar. Pronta a obra diária, o céu muito azul como águas cristalinas de uma enseada tranquila, deixa-se recortar por formas e silhuetas.



Nisto, um pássaro em voo ágil, desceu das alturas e flanou suas asas em direção a um solitário templo. A velha igreja tinha um jardim interno com uma fonte, alimentada por uma nascente local. O pássaro alçado seu voo em direção às muitas partes avariadas da construção, adentrou o santuário a fim de aplacar a sede. As paredes do templo, mantinham-se cobertas por muitos espelhos.





No interior daquelas ruínas, pessoas de boa índole e fé, ainda mantinham uma pia com água, para algum eventual batismo; já que, nas imediações existia uma aldeia e de tempos em tempos ali vinha um sacerdote exercer seu mister teológico à pequena população e eventualmente algum batismo, ou ofício fúnebre.







Sempre uma ou outra mulher piedosa colocava umas flores num jarro com água, para o deleite dos olhos dos fiéis, quebrando assim o ar de desalinho e destruição que o tempo e as guerras haviam causado àquela que fora um dia uma catedral anglicana, com suas capelas interiores. Hoje restava apenas parte de uma capela.
As flores, no entanto, se refletiam nos espelhos das paredes da capela onde adentrara o pássaro, e o confundia com as janelas, por onde se avistavam as flores lá fora, iguais as que no jardim, as mulheres colheram.





Pobre pássaro, totalmente confuso, começou a lançar-se contra os espelhos, imaginando em seu pequeno cérebro que fossem janelas, e a cada batida nas paredes foi ferindo-se mais e mais.
Incansavelmente, arfando, até que não resistiu mais às pancadas sofridas e seu corpo frágil deixou de voar, arfar e viver.
Ironicamente, caiu morto dentro da pia batismal onde foi buscar o lenitivo para não morrer de sede. Assim, buscando aplacar a sede, o inocente e pequeno pássaro ficou totalmente confuso com a multiplicidade de imagens que se desdobraram à sua frente. Não conseguiu discernir o real do ilusório, sua sede era real, física, de todos os seres vivos, buscou um lugar onde existisse o essencial à manutenção de sua vida, e assim inadvertidamente a perdeu.

As mulheres pias fizeram seu papel e sentiram a morte do pequeno pássaro. As crianças choraram nos braços das mães e das avós ao verem o pequeno ser inanimado.

O velho sacerdote mediante tal cena, viu descortinar-se em sua mente treinada pelo tempo e pela vida pastoral, uma imagem; uma quase parábola do Mestre, a qual poderia ser transmitida àqueles humildes aldeões, como um sermão.



Passou a dizer: - "Em todos nós filhos de Deus que já temos discernimento, encontra-se gravado aquilo que é real e aquilo que nós adquirimos pela vida a fora. Há os adultos que possuem maior conhecimento dos fatos, outros existem que ainda não se deram conta da vivência, são menos laboriosos no entendimento. E, há ainda os bem jovens as crianças em formação, daí a responsabilidade dos pais, que se descuidarem em lhes passar os valores sagrados dos mandamentos divinos, serão cobrados disso, aqui nesta Terra ainda, pelo desgosto de verem seus filhos perdidos pelo mundo, como ovelhas desgarradas, já observadas pelo Santo Mestre na parábola da ovelha perdida.

Bem dizendo: temos em nosso íntimo, no fundo da alma, junto ao real e o adquirido; o essencial e aquilo que é aparente. Parece, mas não é. Brilha, mas não é ouro. É mulher bonita, mas ardilosa, o moço incauto a busca apaixonado pela sedução, passeia na sua calçada - diz a palavra sagrada - mas é mulher casada cujo marido está longe, mas eis que ele volta sem dar conta e o moço é abatido como um cão sem dono. Cuide-se também a jovem de análogos enganos, aonde será presa ainda mais frágil aos seus predadores. Entendam bem o que digo a respeito das aparências...
Eis o que é aparente, mas não é real nem essencial. A busca de viver em paz com seus semelhantes consiste em estar caminhando no bem exterior ao coração, à sua alma, para a satisfação do Santo Espírito do Mestre que deve viver em nós. Disto resulta a paz de cada espírito. Não podemos harmonizar uma vida correta no mundo exterior, sem ter a paz interior. Ambas se complementam.

Se meus amados aqui presentes, puserem toda sua energia, sua força para zelar só das aparências, das vossas imagens, como se isso fosse a parte central formadora de suas personalidades, da razão de suas vidas, consumirão seus dias escravizados, acorrentados como nas masmorras, por causa dos reflexos do falso ouro, da falsa mulher, do falso homem, enfim das enganações do mal e morrerão como o rapaz seduzido pela mulher ardilosa, ou a jovem infelicitada sem mais saber o que fazer?


A mocinha sem marido, com um bebê mamando, outro chorando e outro pedindo o que comer. O que é isto? São seus dias consumidos no reflexo ilusório, que o pássaro que ora vos emociona imaginou. O pássaro imaginava estar saindo para a liberdade, assustado, quando viu os amados estarem chegando. 
Assim não deveis estar cativos dos reflexos, e de rosto virado para a luz divina e sua natureza bendita e real, ou da sua verdadeira essência. Chocar-se-ão contra duros espelhos postados em paredes de pedra.

Meus queridos e amados irmãos, meu caminho foi longo, portanto o final da jornada se faz breve. Atentai para minhas palavras, que na verdade não são minhas, mas do Mestre do qual sou mero instrumento: vós precisais reconhecer - fazer perfeita distinção entre o que é acessório, supérfluo e, o que contém a verdadeira substância vital.

Façam meus amados um exercício mental diário por meio de orações. Falem com o Pai Eterno, perguntem o que é melhor para suas vidas. Peçam o discernimento entre o que é certo e o que é errado, o que é do bem e o que é do mal. Busquem se recuperar - porque todos nós pecamos e precisamos do perdão de Deus - busquemos nosso "Eu" verdadeiro, não o de fachada, aquele que se mostra em praça pública.

Retirem as máscaras de bufões. Só assim as verdadeiras flores não os enganarão como miragem ou reflexos de um espelho. A rosa do conhecimento se abrirá gloriosa dentro do coração de cada um de vós meus amados irmãos.

Que Deus em toda sua glória, discernimento, justiça e bondade possa abençoar minha boca, minhas palavras e seus ouvidos e que estas sementes de flores possam germinar como se o Semeador as tivesse lançado em terra fértil.

E como o velho sacerdote e pastor anglicano fosse de descendência grega pronunciou, "que tudo seja em nome de:

IESOUS CHRISTOS THEOU YÍOS SÔTÉR
Jesus Cristo, Filho de Deus, O Salvador


domingo, 10 de setembro de 2017

BURACOS DAS RUAS VIRAM CANTEIROS DE FLORES

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

BRASIL - RIO GRANDE DO SUL - O PAMPA

BRASIL - RIO GRANDE DO SUL
O PAMPA

Mauro Martins Santos



É POR AQUI>

Surpreendente este bioma que toma quase todo o Estado do Rio Grande do Sul-BR. Confesso-me - como brasileiro - surpreso por pensar que o pampa  fosse somente voltado para a pecuária...Olha aí a diversidade - inclusive dessas “grifes” de vinho - constantes de cartas internacionais agora. Com certeza o Pampa  contém subsídios marcantes aos gaúchos, ditando modo de vida, usos e costumes, mistérios, extravagâncias, belezas naturais e literárias, musicalidade, solidão e nostalgia, e muito mais . As imagens, parcelas coletadas pela arte fotográfica de EDUARDO AMORIM, FOTO EXPRESSÃO LIVRE e SCHÖNHOFEN, mostra das vinícolas, coxilhas e planos  congelados, horizonte sem fim a não se registrar nos olhos pela distância das planuras... e olha isso: há até cactos! Parabéns ao pessoal que registrou em fotos e legendas, isto que se pode chamar Beleza!





Imenso tapete verde

O pampa é uma das grandes regiões de campos temperados do mundo.
É o equivalente, no hemisfério sul, às pradarias da América do Norte e às estepes da Ásia.

O pampa também é cenário de um grande patrimônio cultural.

Inicia-se na Argentina, no pé da Cordilheira dos Andes, estendendo-se pelo Uruguai e pela metade sul do Rio Grande do Sul.

O nome “pampa(s)”, de origem quéchua (quíchua) - língua falada no império Inca -, significa região plana. Além de plano, o pampa é predominantemente uma região baixa, de planície.

Os pampas têm a vegetação herbácea, de 10 a 50 cm de altura, como vegetação predominante. A paisagem é homogênea e plana,
assemelhando-se a um imenso tapete verde.
É considerada a região que produz as melhores carnes do mundo.
É o único bioma restrito a somente um estado brasileiro, o Rio Grande do Sul.

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Bioma desprezado



O pampa só foi reconhecido como bioma brasileiro em 2004.
Talvez por não ter a exuberância das florestas, sempre houve a crença de de ser um bioma pobre, não despertando interesse.

Reconhecido ou não, o fato é que o Pampa traz consigo, além da paisagem de campo característica do sul do país, uma importância histórica e cultural para o povo gaúcho. Assim, torna-se de extrema relevância que seja considerado área de preservação prioritária.

Em 2009 a região do Pampa foi incluída na lista de biomas protegidos pela Constituição, junto ao Cerrado e a Caatinga. Isso ajuda o reconhecimento da tradição pampeana como cultura brasileira, já que este bioma Pampa está presente apenas no Estado do Rio Grande do Sul
.


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N.- EM PRÓXIMA PUBLICAÇÃO FALAREMOS  DAS CARTAS VINÍCULAS QUE NÃO SÓ SURPREENDEM OS BRASILEIROS, SUL AMERICANOS COMO O RESTO DO MUNDO POR SEU REFINADO "BOUQUET" E PRECIOSAS SAFRAS. FRUTOS DO PAMPA BRASILEIRO, EM CONTRAPONTO ÀS VINICULAS ARGENTINAS, EM QUALIDADE E PROCURA. QUANTO À CARNE MAIOR PRODUTOR MUNDIAL EM QUANTIDADE E QUALIDADE. 











Maior detalhamento da área dos pampas :
O maior fator de unidade da região dos pampas é o povo em comum entre
Uruguai, Argentina e Rio Grande do Sul: o gaúcho, além dos  ancestrais indígenas: Charruas, Caingangues; povos indígenas tupis-guaranis arregimentados pelas missões jesuíticas.


O pampa gaúcho caracteriza-se pela marcante influência dos países do Prata, devido à proximidade com a Argentina e Uruguai.

É notória a influência do castelhano no sotaque e no léxico gaúchos. Muitas expressões são compartilhadas pelas populações dos países platinos.

Indígena dos povos e  das nações que povoaram os pampas intra-fronteiras citadas.
Note-se as boleadeiras, até hoje usada, e sua técnica dominada pelo pampeano nato.
*

Tendo como miscigenação, mestiços espanhóis e índios, sua origem é sobretudo, argentina e uruguaia e Nações Tupis-guaranis. Fortemente perceptível, quanto mais perto daquelas fronteiras, o sotaque castelhano se acentua, em uma alegre e desprendida fala, alta e rude, porém mais que pitoresca é bela e mui sonora. Sobretudo nas melodias de pura poesia e a Poesia Crioula ou Nativista, cantada ou declamada com fundo de violão pelos Pajadores (como se chamam os exímios poetas repentistas crioulos ou nativistas.
O ritmo muito se tem de uruguaio e argentino: fandangos, vaneiras, milongas, Se bem que mais acima, se mesclam ritmos herdados portugueses, italianos e demais colonizadores, chamarrita, pesinho, chula e outros. 

Invernada pampeana a perder-se o horizonte de vista na planura verdejante.

*

Inicialmente o termo "gaúcho" foi aplicado com sentido pejorativo (como sinônimo de ladrão de gado, vadio, que no falar local hoje se diz *gaudério aos mestiços e índios, espanhóis e portugueses que naquela região, ainda selvagem, viviam de prear o gado que, fugindo dos primeiros povoamentos espanhóis, se espalhava e reproduzia livremente pelas pastagens naturais. (Quanto ao animal fugitivo, alongado, que vira selvagem, usa-se muito o termo bagual)


*Sinônimos de Gaudério: vagabundo, errante, andarilho, parasita, andante  sem endereço fixo, anarquista, autônomo, libertário...

Igualmente livre também, sem patrão e sem lei, tal era o gaúcho que desta forma se originou e se espalhou pelo Rio Grande do Sul .



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O FRIO DO INVERNO NOS PAMPAS DO RIO G. DO SUL 
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Congelar no Rio Grande do Sul, não é exclusividade das alturas da serra:
mesmo sendo uma região baixa, as pradarias do pampa registram temperaturas negativas. Com seu relevo plano, o vento corre forte.
No inverno, há o lendário vento minuano vindo direto da patagônia antártica, é congelante, e é forte e ululante. Na solidão dos confins dos pampas à noite chega a ser lúgubre, ou no melhor termo tristonho "abichornado". É tão frio que os gaúchos dizem que é de fazer "cusco renguear" = cachorro se endurecer, de arrastar as pernas.
Atravessa casacos pesados, toucas e ponchos, colocando sua sensação térmica de encontro ao corpo. Sente-se o frio “nos ossos”, que na realidade doem abaixo da pele, da carne, dos músculos.
Como dizem os sulistas e gaúchos o “minuano congela a alma”. Em várias localidades  rio-grandenses do sul, há precipitação de neve. Geadas, às vezes pesadas, é por demais comum. Mas o gaúcho se diz  um "taita" (um forte, valente) e de tudo retira as mais lindas melodias e poesias. Há notáveis sucessos de conjuntos musicais nativistas que falam exatamente das intempéries inclusive das costumeiras geadas e da neve, do calor do fogo de chão e do chimarrão para rebater a friagem.



UM BOM "AMARGO" = CHIMARRÃO, PARA REBATER A FRIAGEM = FRIO    







PONCHO DE LÃ PESADA PARA REBATER A FRIAGEM DA NEVE QUE SE ACUMULA
*

CAVALOS PASTANDO NO GELO































Guris tiritando de frio indo para a escola



Próxima publicação 
A surpreendente variação de recursos que fornece o Pampa, por isso disse: O BIOMA DESPREZADO e hoje sendo descoberto em sua RIQUEZA E BELEZA.