ATÉ QUE
VIVA TUDO QUE TENHO PARA VIVER
As águas
agitadas dos rios ficam
mansas
quando chegam ao mar,
na
busca do perdido amor, meu coração
aquieta-se dada as profundezas do tempo!
[M. Martins Santos]
Tu pulsas
sempre...
Cuja
energia não digo que sei de onde vem,
Pois não
conheço o início do Universo;
No verso do
Ser, sempre há um mistério reverso.
Para seu
pulsar não há bateria nem artificial energia...
Desde mesmo
antes de ser já pulsava em tal sinergia,
Rei da
maravilhosa máquina humana a impulsionar.
Está tua
origem nos mais incógnitos teoremas cósmicos,
E para lá
desvendando galáxias, macro estrelas: são sóis...
Tu me
levarás para que possa ver o coração do cosmos pulsar,
Faças-me
viver até que viva tudo que tenho para viver aqui,
Quero meu
coração, ver mais flores, sentir mais sabores,
Ver mais
pores do sol, mais albores, auroras de primavera,
Todas as
estações e quimeras, que nos fazem caminhar.
Quero meu
coração, caminhar por mais praias brancas,
Se possível
de outras terras, perto ou longe donde nasci;
Conhecer
mais Faróis Guardiões dos perigos do Mar...
Gostar
ainda mais do que já gosto das Araucárias
Estar em
altas montanhas com o frio das nuvens no rosto,
Beber das
fontes em seus nascedouros borbulhantes,
Ver mais
cascatas tão altas que suas águas neblinam ao cair.
Poder mirar
ao mais longe possível o horizonte de minha terra,
Poder
voltar mais vezes onde plantei a árvore da saudade,
Regar o que
plantei e ver frutificar os pomos da gratidão,
Apenas ser
grato e reconhecer o amor pelo sorriso nos rostos,
Andar por
caminhos de moradas onde ainda se proseiam...
Proseiam-se
sobre crianças, balanços, caixa de brinquedos.
Ouvir
pássaros se aninhando nos bosques ao cair da tarde,
Onde o
vento frio convida ao recato das cantigas alegres.
Terás tempo
para tanto, coração que já bate por décadas,
Alimentando
meus sonhos e desfazendo-me as dúvidas?
Obrigado
coração consertado por concertos de sonatas,
De volta a compor
com dor e amor a sinfonia de minha vida.
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