Mauro Martins Santos
Peço para que a vida
Não feche as cortinas
Das janelas do Tempo,
Antes do desejado tempo.
Peço ainda, que o sol
Não decline ao horizonte,
Encerrando todas as fontes,
A cessar seu manancial
Ao meu pensamento.
Antes que a velha pena,
E a fala cansada tão apenas
Contrita deste escritor,
Seja um só lamento...
Da recorrente saudade.
Não ainda que a idade,
De toda a saudade
Pese em meus ombros;
Antes que as visões
Evolem na esfera azul
Das amadas recordações,
E meu pretexto ao texto,
De imaginário contexto
Da obra de toda uma vida,
Seja apenas a obra ficção,
Do não acerto de um ponto
Marcado no abissal infinito
Entre dois seres: eu e você!
Fale que mesmo entre palavras
Que você me leu,
Que falar de mim ouviu apenas:
Que não se emocionou
Mas também não desprezou,
Que ainda não me esqueceu
Por favor, com tua poesia pense...!
Em corrigir nossa rota no infinito
Com tuas encantadas rimas...
Demarcar outro ponto futuro
Para um novo desfecho
De tua própria inspiração,
Mas que contenha,
Ainda contenha...
Uma sombra de mim.
(mms)
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