domingo, 12 de junho de 2016

RAMALHETE CAMPESTRE




RAMALHETE CAMPESTRE

A galope vai o meu ginete 
pela estrada,
Respiro o aroma do pinheiral silvestre
Congelo o tempo ao lembrar 
a amada:
Ao entregar-lhe o ramalhete campestre.

Na ânsia do encontro meu flete 
é campeiro,
Carrego dentro de mim galanteios sem jeito,
Quando varre os pampas tal 
minuano ligeiro,
Abichornada saudade levo 
a pealo no peito.

Se o medo é um Não, 
o Sim um coroamento:
Do velho da prenda, este gaúcho
 tem a graça,
Varo o pampa a camperear bagual 
ao relento,
Maneio o laço a te dizer do apojo
 duma raça.

Um desejo já antigo, para ver-te 
neste agora,
De uma vez decifrar a profundeza de teu Sim,
Este taita se enobrece ao dizer 
que te adora.

Ao final deste caminho já avisto 
a querência,
A prenda, louro trigal, emoldurada 
na janela,
Vejo que a vida é bela e o amor 
uma ciência!






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