À SOMBRA DAS ARAUCÁRIAS
Vou deixar meus rastros neste caminho...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Academia Guaçuana de Letras: FOSTES
Academia Guaçuana de Letras: FOSTES: F ostes ... Sim, fostes... O sonhar impossível dentro das cores da noite, Desejo alcantilado, a buscar o olor de teu corpo...
terça-feira, 27 de março de 2018
SOMOS INSTANTES
Instamos constantemente
a longevidade,
mas só temos a premência
da brevidade
de uma ínfima fração do tempo
nos concedida do prolatar
da eternidade...
[m.m.s]
[m.m.s]
domingo, 4 de março de 2018
ÁRVORE - DE TI SE FEZ A CRUZ
ÁRVORE - DE TI SE FEZ A CRUZ
Neste meu buscar, de saber tão pouco
De versos fazer - sou um eterno aprendiz...
Falar de árvores? O gênio se faz mouco;
Insisto: - Pinheiros! Qual! Nada ao poeta diz.
Tanto pedi um pinheiro para a passarada:
Sendo um bem alto como sempre quis;
Mas é na pitangueira de beira-de-estrada
Que se juntam todos, mais os bem-te-vis.
Serei como eles, não é a madeira que seduz,
Todos os pássaros para os céus desejam alçar,
Não sabemos de qual madeira se fez a Cruz,
Mas que, quem nela morreu, foi para nos salvar.
As árvores são emblemáticas e metafóricas...
“Pássaros do céu olhai, olhai dos campos os lírios”,
São do Mestre tais parábolas, lindas e históricas,
Olhai os braços da araucária e vede se não são círios!
Árvores pilares da Terra, sem vós não viveremos;
Sois integrantes e efetivas na manutenção da água,
Carece-nos seca cruel para que de ti lembremos.
Feliz por haver quem as ame muito e de verdade...
O amigo Rubem Alves antes de seu voo ao céu alçar,
Plantou para si um Ipê Amarelo, em sua propriedade.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
UMA PRECE NA ESTRADA [In Blog José Rosário]
UMA PRECE NA ESTRADA
KAREL FRANS PHILIPPEAU - Uma prece na estrada - Óleo sobre painel - 39,6 x 50,2
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES
A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES
Aberta pós morte.
Sou grato pela minha vida.
Não terei últimas palavras a dizer.
As que tinha para dizer, disse durante a minha vida.
Recebi Muito. Fui muito amado. Tive muitos amigos. Plantei árvores, fiz jardins. Construí fontes, escrevi livros.
Tive filhos, viajei, experimentei a beleza, lutei pelos meus sonhos. Que mais pode um homem desejar? Procurei fazer aquilo que meu coração pedia.
Não tenho medo da morte, embora tenha medo do morrer.
O morrer pode ser doloroso e humilhante, mas à morte eis uma pergunta: - Voltarei para o lugar onde estive sempre, antes de nascer, antes do Big Bang ou (COMEÇO DO UNIVERSO)?
Durante esses bilhões de anos, não sofri e não fiquei aflito para que o tempo passasse.
“Voltarei para lá até nascer de novo.”
HORIZONTES
Pintura de Fcº Antonio Cano
Pese a ser uno de los nombres claves en la historia de la pintura de paisajes en Antioquia, Francisco Antonio Cano [Colombia] murió pobre y casi en el olvido. Su deseo fue que lo enterraran sin identificarlo, ya que sentía que no hacía parte de ninguna religión.
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HORIZONTES
Julgo difícil o "Eu poético"
ter de escolher
uma pétala de flor
do "Jardim de Poesias",
do "Jardim de Poesias",
estranhar íntimos caminhos
e vir a se perder.
e vir a se perder.
Ocorre, o estranho e difícil,
porque a poética
porque a poética
nos induz a fazer existir
discrição nas preferências.
discrição nas preferências.
Mas a acolhida da Saudade
é sempre apática,
é sempre apática,
é o regresso ao recôndito
da alma, a essência...
da alma, a essência...
Pois são letras
que se movem,
que se movem,
se modulam
se inteiram...
Se consomem.
A poética vida,
se não a se consome
como dádiva,
de per si é consumida!
Disse o ¹poeta:
"Não tenho paredes,
só horizontes."
A vida é muito mais
que o horizonte visto
de sua janela! Bem mais...
Vá mais longe...
Vá mais longe...
[M. Martins Santos]
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¹ Mário Quintana
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